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Após uma pausa de 10 anos, o Ministério da Saúde retomará o envio de doses de vacina contra raiva para Foz do Iguaçu. A medida visa combater a presença do vírus e garantir a proteção da população.

O Ministério da Saúde anunciou recentemente a retomada do envio de doses de vacina contra raiva para Foz do Iguaçu, após uma pausa de 10 anos. A decisão foi tomada devido à identificação da presença da variante canina do vírus no município.

A coordenadora do programa de Controle Zoonoses, Gisele Kurtz, explicou que o envio das vacinas foi interrompido de acordo com diretrizes do Ministério da Saúde, que determinavam que as doses seriam enviadas apenas para locais onde a variante canina estivesse circulando há mais de 10 anos.

Por que o Ministério da Saúde havia parado de mandar doses de vacina contra raiva?

Segundo Gisele, em 2019, o Ministério da Saúde emitiu um documento informando que as vacinas contra raiva não seriam mais enviadas para locais onde a variante canina não estivesse circulando há mais de 10 anos.

Como Foz do Iguaçu não registrava a presença da variante desde 2002, o município, assim como todo o estado do Paraná, ficou excluído do programa de distribuição do Ministério da Saúde.

No entanto, recentemente, Foz do Iguaçu recebeu uma quantidade de vacinas e está estudando a melhor forma de distribuí-las para a população.

Quais motivos levam cães a atacar uma pessoa?

Os cães podem agredir por diversos motivos, mesmo sendo o cachorro da família. O comportamento agressivo pode ser desencadeado por medo, proteção territorial, estresse, dor, doenças ou até mesmo instintos naturais.

É importante ressaltar que o comportamento agressivo não está restrito a nenhuma raça específica, e qualquer cão, independentemente do porte ou raça, pode morder uma pessoa.

O que é necessário fazer caso um ataque aconteça?

Em caso de um ataque de um cão, é importante lavar o local da agressão com água e sabão, pois o sabão ajuda a inativar o vírus da raiva. Então, buscar atendimento médico imediatamente.

Após o ataque, é necessário comunicar o centro de Zoonoses, que realizará o acompanhamento do animal agressor por 10 dias, período de transmissibilidade da raiva. Se o animal permanecer saudável durante esse período, não há risco de contaminação. No entanto, se houver qualquer mudança de comportamento, óbito ou desaparecimento do animal, a pessoa agredida será encaminhada para a profilaxia da raiva.

Existem animais com raiva em Foz do Iguaçu?

Sim, em Foz do Iguaçu, a presença do vírus da raiva tem sido identificada em morcegos. Somente este ano, foram confirmados dezenove casos de raiva em morcegos na região.

Embora a variante canina não tenha sido registrada há mais de uma década, a presença do vírus em morcegos é uma preocupação para a saúde pública, uma vez que eles podem transmitir a doença para outros animais e até mesmo para seres humanos.

É possível que a variante canina volte?

De acordo com especialistas, é possível que a variante canina da raiva retorne, principalmente devido ao baixo número de cães vacinados em Foz do Iguaçu. Estima-se que apenas 30% a 40% dos cães da cidade estejam vacinados, o que é considerado um número muito baixo.

Essa baixa cobertura vacinal pode facilitar a circulação do vírus entre cães e gatos, aumentando o risco de transmissão da doença. Portanto, é crucial que os proprietários de animais de estimação se conscientizem sobre a importância da vacinação contra a raiva e mantenham suas vacinas em dia.

Segundo dados fornecidos pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), somente nos primeiros cinco meses deste ano, foram registrados 348 atendimentos a pessoas agredidas por cães e gatos em Foz do Iguaçu. Esse número ressalta a importância da prevenção e do controle da raiva.

Veja também: Vacina contra a gripe em Foz do Iguaçu: saúde amplia para toda população

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