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De acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com a Vital Strategies e publicada na Agência Brasil, a obesidade entre os jovens saltou de 9% em 2022 para alarmantes 17,1% em 2023, representando um aumento significativo de 90%. Esses números lançam luz sobre uma questão de saúde pública que demanda atenção imediata.

Além do aumento da obesidade, a pesquisa revela uma série de desafios relacionados à saúde mental e aos hábitos de vida. Entre os jovens entrevistados, 31,6% já receberam diagnóstico médico de ansiedade, indicando uma preocupante prevalência de problemas emocionais na faixa etária.

Outro ponto crítico é o consumo abusivo de álcool, com 32,6% dos jovens relatando episódios de ingestão excessiva nos 30 dias anteriores à pesquisa. Esse padrão de consumo representa uma questão preocupante para a saúde pública e destaca a necessidade de estratégias preventivas.

Alimentação

A alimentação, elemento crucial para a saúde, também está sob escrutínio. Apenas 33,5% dos jovens consomem frutas com regularidade, enquanto 39,2% incluem verduras e legumes em sua dieta cinco vezes ou mais por semana. Em contrapartida, o consumo frequente de refrigerantes e sucos artificiais atinge 24,3% da população jovem, revelando uma preferência por opções menos saudáveis.

Atividade física

A falta de atividade física é outro ponto de preocupação, com apenas 36,9% dos jovens atendendo às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 150 minutos semanais de exercícios. Essa inatividade é acompanhada por uma alta taxa de tempo de tela, com 76,1% dos jovens utilizando dispositivos eletrônicos por três horas ou mais diariamente para lazer.

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Foto: Internet.

Sono

A qualidade do sono, fundamental para o bem-estar, também está em declínio, com apenas 54,2% dos jovens dormindo a quantidade recomendada de sete a nove horas por dia. Esse déficit de sono está associado a diagnósticos médicos preocupantes, incluindo hipertensão arterial em 8,2% dos jovens e depressão em 14,1%.

Sobre a pesquisa

A pesquisa abrangeu 9 mil brasileiros com 18 anos ou mais, em capitais e cidades do interior das cinco regiões do Brasil, durante os meses de janeiro a abril de 2023, por meio de entrevistas telefônicas (fixas e celulares). Os resultados apontam para a urgência de medidas preventivas e políticas de saúde pública direcionadas a essa população vulnerável.

Brasil e os riscos da obesidade

Esse estudo também revelou que mais da metade dos brasileiros têm excesso de peso, com uma taxa de 68,5% na faixa etária entre 45 e 54 anos.

Também é importante destacar que 10,3% da população brasileira recebeu o diagnóstico médico de diabetes. Os segmentos mais impactados por essa condição são notavelmente os indivíduos com 65 anos ou mais, registrando uma taxa de 26,2%, e aqueles com até oito anos de escolaridade, com uma prevalência de 15,7%.

Quando nos debruçamos sobre a hipertensão arterial, observamos que 26,6% dos brasileiros foram diagnosticados com essa condição. É interessante notar que as maiores taxas de prevalência são identificadas em grupos específicos, como mulheres, atingindo 30,8%, idosos com mais de 65 anos, com uma significativa taxa de 62,5%, e indivíduos com até oito anos de escolaridade, apresentando uma prevalência de 38%.

No entanto, entre aqueles com níveis mais elevados de escolaridade, essa prevalência diminui para menos da metade, registrando 15,6%. Essas discrepâncias evidenciam a complexidade dos fatores que contribuem para essas condições de saúde e a importância de estratégias diferenciadas de prevenção e gestão.

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