Temos o privilégio de viver em uma região culturalmente rica. A Tríplice Fronteira atrai pessoas de vários lugares do mundo e, o mais importante, que essa diversidade cultural não impede a vida em harmonia.

No 5º e penúltimo episódio da websérie Olhares 100fronteiras by Lilian Grellmann a convidada é Claudia Yashiro, de origem japonesa, que construiu sua vida na fronteira.

Claudia recebeu Lilian e equipe em sua casa, que incorpora várias características típicas das residências japonesas, com estatuetas de animais e até uma árvore japonesa.

“Logo na entrada da minha casa, há um tanuki, que em português é o guaxinim. Ele é um amuleto da sorte que a maioria dos japoneses tem em frente de suas casas, atraindo, além da sorte, saúde e felicidade. Além disso, na entrada da sala, tenho os gatos da sorte, um branco que simboliza prosperidade e felicidade e um preto que afasta energias negativas.”

Explica Claudia.

Natural de São Paulo, Claudia é filha de um pai japonês e uma mãe brasileira com descendência japonesa. Seu marido também tem descendência japonês. Ela morou no Japão por dois anos antes de retornar ao Brasil. Já viveu em São Paulo, mas escolheu a fronteira para construir sua vida, e toda a família ama Foz do Iguaçu.

Uma casa típica japonesa na fronteira: Olhares 100fronteiras by Lilian Grellmann
Lilian Grellmann e Claudia Yashiro.

Ela apresenta a Lilian alguns aspectos da cultura japonesa, incluindo a culinária. “Na virada do ano, preparamos o moti, feito de arroz japonês cozido no vapor. Temos a tradição de reunir toda a família para prepará-lo; dias antes do primeiro dia do ano, deixamos o moti pronto para servir na primeira refeição do novo ano.”

Claudia explica que os japoneses atribuem grande importância ao arroz, seja o da refeição cotidiana ou o do sushi. Portanto, cada tipo de comida requer um arroz específico.

“Eu morei no Japão, aprendi muito sobre minha cultura e admiro muito o país, mas é uma cultura completamente diferente, ainda há muitos resquícios de machismo. Sou brasileira e moro em Foz do Iguaçu e não trocaria minha fronteira por nada. Adoro este lugar, é culturalmente rico, temos muita miscigenação e isso é fascinante”.

Veja o episódio completo: