Encarar o frio noturno e às vezes até chuva para ir a um dos eventos mais importantes de Foz do Iguaçu, era comum nesta época do ano. A Fartal reunia toda Foz do Iguaçu em apenas um único espaço, era bonito de se ver.
O som ambiente era de músicas do momento ou de artistas que estavam se apresentando no palco principal. Antes mesmo de chegar no Charrua, já era possível ver aqueles brinquedos enormes e brilhantes do parque de diversões.
E nem se fala no cheiro de comida que pairava no ar, era uma mistura boa de várias comidas típicas. E quem iria imaginar que 2019 seria a “última” edição da Fartal por um tempo?

Mas para quem não gosta de “muvuca” a Fartal com certeza não era uma alternativa, lembra como era para estacionar o carro?

A Feira de Artesanato e Alimentos era feita em comemoração ao aniversário da cidade e, neste ano, seria sua 45º edição. Era uma oportunidade para os artistas locais se apresentarem, de comerciantes locais venderem, além de feiras artesanais e comidas típicas. E para os turistas que passavam na cidade? Uma oportunidade de vê-la de outra maneira.
Impactos para a cidade sem Fartal
A Fartal era um grande evento que movimentava a economia da cidade em seu aniversário. Mas, além de grandes impactos financeiros, também existem os sociais.
“No primeiro ano, acho que para todos foi uma sensação de vazio, todos estavam acostumados com essa festa, então foi um impacto principalmente no sentimento de pertencimento.”
Presidente da Fundação Cultural Juca Rodrigues.
Conversando com Juca, ele diz que o impacto da falta da Fartal vai além do cultural, ele é financeiro, social, é um impacto significativo.
Um exemplo é do setor gastronômico, o valor que é ganho durante a feira, geralmente é usado para cobrir o aluguel, fazer melhorias na loja, ou pagar uma conta, então o impacto começa neste setor – impacto anual. No caso do artesanato, artistas locais, capoeiristas e o pessoal do teatro entram na mesma situação.

Além da área cultural, também havia outros setores empresariais que utilizavam a Fartal para fazer sua propaganda e vendas, de forma geral; autoescolas, loja de móveis, automóveis, materiais de construção. Lembrando também de empresas terceirizadas, como as que fornecem banheiros, montam os palcos…
A Fundação Cultural arrecada o valor pago dos Stands pelas empresas e utiliza em seus projetos.
“Existe toda uma cadeia produtiva, que é afetada quando um evento desse porte, deixa de acontecer.”
Presidente da Fundação Cultural Juca Rodrigues.
Juca afirma estar ciente de que no momento que estamos vivendo, não tem condições de realizar um evento de tamanha importância, mas é esperançoso que com o avanço da vacina e a conscientização da comunidade, tudo irá melhorar. Ele adianta que, espera que o evento aconteça no ano que vem, mas há previsão.
Esperamos que tudo ocorra bem e que Foz consiga contornar a situação que se encontra. Quem sabe não tenhamos uma edição da Fartal em 2022?


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