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O Parque das Aves, que em setembro de 2017 se consolidou como um Centro de Conservação de Aves da Mata Atlântica, vai inaugurar nesta segunda-feira, 29/01, um novo espaço muito importante dentro de sua trilha. A área, denominada “Como salvamos espécies”, traz diversas informações sobre como o Parque trabalha para evitar o desaparecimento de espécies, entre elas o mutum-de-alagoas (Pauxi mitu), ave extinta na natureza desde a década de 1970.

Na nova área, o visitante tem a oportunidade única de conhecer bem de perto o mutum-de-alagoas, além de aprender mais sobre as razões que levaram à sua extinção e o que elas podem fazer para que outros animais não cheguem nessa situação. “Permitir a proximidade desta ave com os visitantes facilita o entendimento da importância da espécie para o ambiente em que vivemos. É essencial trazer isso para a nossa realidade, pois assim entendemos o impacto que causamos no meio ambiente e o que podemos fazer para viver num mundo melhor para todos”, comenta Paloma Bosso, diretora técnica do Parque das Aves. “Apresentar nossas atuações em conservação com atividades de educação ambiental para nossos visitantes consolida nosso trabalho como um centro de conservação”, complementa Paloma.

Como participante do Programa de Cativeiro do Mutum-de-alagoas, o Parque das Aves recebeu, em junho de 2015, 10 casais da ave, vindos do criadouro CRAX, em Minas Gerais. Desde então já nasceram mais de 20 filhotes no Parque, aumentando em 10% a população mundial da ave. Atualmente, a espécie depende da reprodução sob cuidados humanos para que isso aconteça, pois só existiam três desses animais quando as ações de conservação foram iniciadas.

“A retirada das aves da natureza no final da década de 1970 por Pedro Nardelli foi decisivo para que a espécie fosse salva, além do trabalho do criadouro CRAX estabelecendo as primeiras populações ex situ”, comenta Carmel Croukamp, diretora geral do Parque das Aves. “Dentro do novo foco do Parque na conservação de aves da Mata Atlântica, muitas ações e parcerias com diversas instituições estão sendo desenvolvidas, pois 119 espécies de aves desse bioma dependem de muito trabalho sério para não desaparecerem completamente”, ela finaliza.

Um dos motivos para o mutum-de-alagoas estar extinto na natureza é a intensa caça predatória, mas a maior razão é a perda de habitat. A espécie era apenas encontrada em uma pequena faixa de Mata Atlântica no estado de Alagoas, mas esse bioma também está em risco de extinção, com apenas 8,5% de seu antigo território preservado (Fonte: SOS Mata Atlântica). “Como 72% da população brasileira vive na Mata Atlântica, e o Parque das Aves recebe mais de 800 mil visitantes por ano, temos a possibilidade de inspirar muitas pessoas a efetuar pequenas mudanças que podem fazer uma diferença direta na vida de muitos animais e espécies de plantas”, complementa Carmel.

O espaço também traz informações sobre outra espécie que está em perigo de extinção, a jacutinga (Aburria jacutinga). Em agosto do ano passado, o Parque das Aves enviou seis jacutingas para soltura em São Paulo, através do Projeto Jacutinga, da Save Brasil. A iniciativa tem como finalidade contribuir de forma integrada com a conservação de aves que são vítimas de intensa caça e também sofrem com a perda de habitat.

O Parque das Aves, um centro de conservação da Mata Atlântica e o segundo atrativo turístico mais visitado de Foz, recebeu em 2017 mais de 820 mil visitantes.

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