Com a recente chegada da primavera, vivenciamos um fim de semana de temperaturas elevadas, em linha com as previsões para Foz do Iguaçu. Além do calor, outro aspecto tem se destacado: a secura do ar.
O Simepar antecipa que os próximos três dias seguirão uma tendência semelhante, com destaque para a notável baixa umidade. Na segunda-feira (25), a umidade relativa do ar oscila entre 28% e 63%, enquanto na terça-feira (26) chega a atingir alarmantes 16%, subindo consideravelmente na quarta-feira (27) para uma faixa de 54% a 86%.
Este cenário requer atenção e cuidados especiais, sobre os quais abordaremos a seguir.
O que é e por que nos importamos com a umidade do ar?
Quando sintonizamos na previsão do tempo, ouvimos constantemente os meteorologistas destacarem a umidade do ar relativa. Ela se refere à quantidade de vapor d’água presente na atmosfera em relação à quantidade máxima que a atmosfera poderia conter naquela temperatura específica.
Em períodos de estiagem, típicos do final do inverno, a umidade cai consideravelmente, enquanto em dias quentes de verão, ela tende a ser mais alta, em grande parte devido à evaporação após pancadas de chuva.
Mas por que os meteorologistas se concentram tanto nisso? A umidade do ar relativa é uma variável crucial para a saúde de todos os seres vivos.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível ideal para o bem-estar humano varia entre 40% e 70%. Valores acima disso tornam o ar quase saturado de vapor d’água, afetando nossa capacidade de regular a temperatura corporal através da transpiração. Ou seja, em dias quentes e úmidos, a evaporação do suor é retardada, impactando o resfriamento do corpo.

Riscos da baixa umidade para a saúde
Em contraste, baixas umidades do ar, comuns em muitas regiões do Brasil, podem ser ainda mais prejudiciais à saúde. Um ar seco excessivo pode:
- Ressecar as mucosas das vias aéreas, tornando-nos mais propensos a crises de asma e infecções.
- Agravar a poluição, pois impede a dispersão adequada de gases poluentes.
- Desencadear problemas oculares e alergias.
- A Sociedade Brasileira de Cardiologia alerta: a baixa umidade torna o sangue mais denso, elevando o risco de obstrução dos vasos sanguíneos.
O período entre 15h e 16h é frequentemente o mais crítico. Quando a umidade cai abaixo de 30%, sintomas como dor de cabeça, garganta irritada, olhos vermelhos e cansaço tornam-se mais comuns.
Como se proteger
Infelizmente, não temos o poder de controlar as variações climáticas, mas podemos tomar medidas para nos proteger e garantir uma melhor qualidade de vida, especialmente durante os períodos de baixa umidade em Foz do Iguaçu:
- Procure manter o corpo sempre bem hidratado. Portanto, beba bastante água, mesmo sem sentir sede. Na hora do lanche ou da sobremesa, dê preferência a frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja, por exemplo. Em especial, fique atento à hidratação das crianças, idosos e dos doentes;
- Evite exposição prolongada ao sol, especialmente nos horários mais quentes;
- Use umidificadores de ambiente e mantenha a casa limpa para reduzir a poeira;
- Trocar comidas com muito sal ou condimentos por alimentos mais saudáveis;
- Evitar exercícios físicos entre as 10 da manhã e 5 da tarde.
Lembrar-se dessas precauções pode fazer a diferença, ajudando-nos a enfrentar os desafios que as variações climáticas nos impõem.
Leia mais: Saiba como se proteger durante a onda de calor que atingirá Foz do Iguaçu


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