O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, participou na noite de terça-feira da aula magna da Unifoz, no Grand Carimã Resort & Convention Center. O tema foi “Direitos Humanos e Ambientais: O papel da Itaipu na recuperação das áreas afetadas pela inundação”. Na ocasião ele comentou também como está sendo o desafio da gestão frente à Itaipu.

“Passou muito rápido esses primeiros 160 dias, porque a Itaipu demanda muita coisa, seja na parte técnica, nas negociações com os termos do Ministério de Minas e Energia, seja nas novas políticas que desenvolvemos ambiental e social. Então é uma jornada com mais de 12h por dia, nem um dia eu faço menos de 10 agendas internas. Além disso, viajo bastante para Brasília, e também para Assunção. Então acabo nem vendo a semana passar”, destaca.

“Queremos ampliar a atuação do PTI no território”, afirma Enio Verri durante a posse dos novos conselheiros da Fundação PTI-BR
Verri em atuação frente à Itaipu. (Foto: Kiko Sierich/PTI.)

Perguntado qual marca ele pretende deixar na gestão, Verri explica que nos últimos seis anos, a gestão anterior deu foco as obras de infraestrutura na região e as pautas ambientais e sociais ficaram de lado. Por isso o objetivo do diretor é fazer a recuperação destes projetos.

“Atuamos junto ao PTI e as universidades, além da parte técnica que sempre é prioridade, estamos ampliando as políticas ambientais e sociais. A prioridade da Itaipu é produzir energia e o lago não pode ser assoreado, por isso estamos trabalhando na política ambiental do entorno do lago para aumentar a vida da Itaipu. Hoje ampliamos o território do entorno, atuando junto aos 399 municípios do Paraná e os 35 municípios do Mato Grosso do Sul, pois essa região contribui com resíduos no lago, e nosso objetivo é reforçar a preservação”.

Enio verri

Além disso, ele comentou que a relação com o lado paraguaio está boa. Tanto nas conversas com o novo presidente do Paraguai, Santiago Peña, quanto com o novo diretor da Itaipu do lado paraguaio. “Estou muito confiante com a rapidez e o resultado dessa relação”.

Por fim, ele comentou sobre a obra da Unila e destacou que hoje a maior dificuldade é encontrar um órgão intermediário que fará a obra, pois a Unila é federal e a Itaipu não pode por dinheiro em um órgão federal. Mas a expectativa é para que a obra se inicie até janeiro do próximo ano.