O debate sobre a Covid-19, no campo geopolítico, econômico, de integração regional e de fronteira, tem sido promovido pela comunidade acadêmica da UNILA e visibilizado por meio de conferências e seminários on-line, além de publicação de artigos e produções científicas.

O Núcleo de Estudos Estratégicos, Geopolítica e Integração Regional (NEEGI) da UNILA (neegi.wordpress.com), por exemplo, tem realizado uma série de debates on-line por meio dos observatórios que o compõem. Entre eles, o Observatório Latino-Americano da Covid-19 (observatoriocovid19unila.wordpress.com), criado recentemente como uma rede interdisciplinar e cujos integrantes são docentes da UNILA de áreas diversas, pesquisadores externos de outros estados e profissionais da rede de saúde de Foz do Iguaçu.

A partir de uma abordagem geopolítica do novo coronavírus, o grupo trabalha com uma interface com a área da saúde.

“O objetivo desse Observatório é informar a população externa com informações qualificadas, verificadas e acadêmicas, que permitam difundir o conhecimento científico no enfrentamento das fake news – notícias falsas e boatos que surgem na internet e que se proliferam como outra epidemia paralela. O objetivo é fazer uma divulgação científica em torno do tema da saúde pública e do combate à pandemia, criando uma rede interdisciplinar das Ciências Humanas e da Saúde, para dialogar e cobrir a temática com maior número possível de vetores, de variáveis e de focos”, explica o coordenador do NEEGI e docente do curso de Relações Internacionais da UNILA, Lucas Kerr de Oliveira.

Os Observatórios dos Brics, de Segurança, Infraestrutura e Fronteira e de Geopolítica Energética, que integram o NEEGI, também têm realizado seminários e diálogos on-line, com debates que gravitam em torno da Covid-19, além de pesquisas em andamento que trazem a pandemia como eixo de discussão. Entre os assuntos abordados estão os impactos e as políticas de enfrentamento do novo coronavírus nos países que compõem os Brics; a área de segurança e os impactos estratégicos e geopolíticos da pandemia; e os estudos comparativos sobre medidas de combate à Covid-19, no âmbito de unidades subnacionais – cidades e estados –, com foco no Brasil e na Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai).

La Espada.

Ciclo de Debates

Um dos eventos promovidos pelo NEEGI é o Ciclo de Debates. A ideia é, além de realizar um debate com os integrantes dos respectivos observatórios, trazer, ainda, convidados externos.

“Também temos a ideia de gravar minicursos, aulas virtuais, buscando tratar até maio, prioritariamente, de temas com os quais conseguimos relacionar a pandemia com os observatórios. Depois, retomaremos debates mais específicos de cada grupo, que se reúne semanal ou quinzenalmente”, aponta Oliveira.

Abordagens articuladas à Covid-19 também emergiram no Observatório da Integração Econômica da América do Sul (OBIESUR), que compõe o NEEGI. O Observatório lançou, neste mês de maio, a primeira edição da revista “La Espada” (bit.ly/laespada) – projeto que, antes de integrar o OBIESUR, nasceu como um “boletim de economia e política dos estudantes”, em 2012, e teve 21 edições publicadas. A revista terá a periodicidade mensal.

“Na edição 22, a primeira desta nova etapa, como revista do OBIESUR, foram tratados temas muito atuais e relevantes, como, por exemplo, as consequências da Covid-19 para a região, a desindustrialização de Brasil e Argentina, as obras de infraestrutura para garantir à Bolívia uma saída ao mar, as empresas maquiladoras no Paraguai e a necessidade de integração financeira”, elenca o professor do curso de Ciências Econômicas da UNILA e coordenador do OBIESUR, Luciano Wexell Severo.

O OBIESUR também tem realizado conferências on-line no âmbito da Cátedra Banco del Alba Brasil, que promove estudos da integração econômica, principalmente financeira.

“O objetivo do OBIESUR é consolidar-se como um espaço de promoção de pesquisas, debates e publicações sobre comércio, indústria, investimentos, infraestrutura e financiamento na América do Sul. A proposta é promover estudos práticos, concretos, sobre relações comerciais, fluxos de capital, obras e mecanismos financeiros de articulação regional“, explica Severo.

Espaço Publicitário