Nascido em Santo Augusto, RS, Eucárdio De Rosso, 80 anos, possui mais de 60 anos de trajetória na literatura. Sua carreira começou em 1962 com o pequeno livro de poesias gauchescas intitulado Retalhos dos Pagos, que foi reeditado recentemente, agora com dois dicionários gauchescos adicionais, chamado Dialeto Macanudo. Formado em Jornalismo e Direito, e com especialização em Letras, Eucárdio já publicou mais de 30 livros ao longo de sua extensa carreira. Inicialmente focado em poesias, atualmente ele se dedica às crônicas, tendo lançado oito livros nesse gênero. Seus textos abrangem uma ampla gama de temas, que vão desde um simples prego ou parafuso até reflexões filosóficas e cósmicas, sempre com a perspectiva de um atento observador do cotidiano.
Hoje, Eucárdio celebra a trajetória com o lançamento da sua biografia e do livro Diversidade, que retrata os mais diversos temas com aspectos filosóficos. Entrevistamos Eucárdio nesta segunda-feira para comentar mais sobre seu mais novo lançamento.
Qual foi o pontapé inicial para sua trajetória na escrita de livros?
Isso foi na época do ginásio. Eu tive um bom professor de português, um professor do estilo mais durão, e nós aprendemos a escrever bem, aprendemos gramática. Saindo do secundário, eu fiz a minha primeira crônica do aniversário da Rádio Progresso de Juí (RS) e ganhei um prêmio que me estimulou. Com 16 anos, tive meu primeiro emprego abrindo a biblioteca de Santo Augusto e comecei a ler as obras de Humberto de Campos, famoso cronista, mas somente em 1975 eu fiz minha primeira crônica.
Como foi a escrita do seu primeiro livro?
O meu primeiro livro foi aos 15 anos, mas a divulgação só ocorreu dois anos depois porque eu consegui um auxílio do meu tio. Depois, fui trabalhando, editando e fiz campanha de recolhimento de fundos, sempre procurando uma editora. Trabalhei em jornais culturais e livrarias e lancei alguns livros na feira de Porto Alegre, colaborando com A Gazeta, sempre fazendo crônicas.
Como era o formato das suas crônicas?
Eu criei um personagem gaúcho; “velho guarida” era a definição de gaúcho: uma tira de couro forte, definindo o gaúcho forte, grosso, duro e filósofo, o personagem para dialogar com ele. Ele transforma a frase em diálogo filosófico entre palavras e ele, ora sério, de acordo com a situação. Isso eu também pretendo colocar em um podcast que estamos criando.
Como será o podcast que o senhor está criando?
Tenho mais de 50 textos para publicar; as próximas crônicas estão no Facebook e Instagram.
Quais serão os próximos passos?
A história do meu livro foi publicada por vocês e eu mandei. Completei 68 anos de literatura e 80 de idade, e agora estamos tentando promover a literatura entre idosos.
O senhor voltou com a poesia?
Selecionei os inéditos e soltos e fiz um compilado com todo esse material de poesias.
Quais são os planos para 2025?
Com esse eu encerro, mas está sendo divulgada minha biografia, para as pessoas lerem os fatos, acontecimentos e a história. Estou até revirando a biografia, e alguns dados ficaram soltos. Espero, no início do ano que vem, fazer a divulgação na minha terra e deixar nas escolas. Eu me comprometi a dar uma palestra para estimular os idosos a manter a mente ativa e firme nessa idade e manter a mente equilibrada e atuante, porque chegar aos oitenta lúcido é uma grande vitória.
Contato para a aquisição dos livros: [email protected]



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