O julgamento do ex-policial penal federal Jorge Guaranho, acusado de assassinar o guarda municipal Marcelo Arruda, foi adiado para o dia 2 de maio. A decisão foi tomada após os advogados de defesa abandonarem a sala do júri no Fórum de Foz do Iguaçu.

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Guaranho é acusado de invadir a festa de aniversário de Marcelo Arruda, onde o tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu celebrava seus 50 anos. Segundo as investigações, Guaranho chegou ao local tocando jingles de campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro em alto volume e gritando ameaças contra os petistas.

A defesa de Guaranho tentou uma série de manobras legais, incluindo um pedido de liberdade provisória para o réu, que foi negado pelo juiz Hugo Michelini Junior. Os advogados então decidiram abandonar a sala, levando ao adiamento do julgamento.

A acusação acredita que, apesar do adiamento, a condenação de Guaranho é inevitável. Eles apontam para um laudo de leitura labial, produzido a partir de câmeras de segurança no local do crime, revela as falas de Guaranho antes dos disparos: “Aqui é Bolsonaro, Bolsonaro, porra! Petralha!” e “Petistas vão morrer! Pra baixo, pra baixo, pra baixo”.

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Os advogados de acusação argumentam que este elemento é fundamental para garantir que Guaranho seja condenado por homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum, já que os disparos foram efetuados em um local público e poderiam ter vitimado outros presentes.

Entenda o caso

As investigações encaminhadas pelo Ministério Público (MPPR), que embasaram a denúncia, indicam que Jorge Guaranho estava em um churrasco, quando soube do evento com o tema PT e Lula. Aos gritos de “Bolsonaro” e “mito”, o réu, que estava acompanhado da esposa e do filho,  um bebê de colo, ameaçou Marcelo Arruda mostrando que estava armado e afirmou que voltaria para matar a vítima.

Pouco tempo depois, Guaranho retornou ao local da festa, sozinho, e começou a disparar contra o alvo e convidados ainda da porta do salão. A ação foi registrada pelas câmeras de segurança. As imagens mostraram que a vítima tentou se esconder debaixo de uma mesa, onde foi alvejada à queima roupa. (Com GDia)

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