Téo Ruiz destaca o papel de Foz como fronteira simbólica da música latino-americana

A Redação 100fronteiras recebeu Téo Ruiz, diretor da Feira Internacional da Música do Sul (FIMS), para uma conversa sobre o encerramento nacional do evento realizado em Foz do Iguaçu. Em sua nona edição, a FIMS se consolidou como uma conferência que conecta artistas e curadores do Brasil e da América Latina, com foco especial na inclusão e internacionalização da música do sul do país.

“Foz do Iguaçu é a nossa fronteira simbólica com a América Latina”, declarou Téo, ao justificar a escolha da cidade como sede do encerramento. Além da localização estratégica, ele destaca a presença de instituições como a UNILA, que reúne estudantes de toda a América Latina, como um elemento simbólico de integração continental.

A edição de 2025 da FIMS teve como tema o “Sul Global”, com o objetivo de discutir o papel da música na construção de uma sociedade mais integrada e protagonista em temas como sustentabilidade, transição energética e cultura. Com diversos apoiadores, o evento percorreu diferentes regiões do Brasil, realizando seletivas regionais em cidades como Curitiba, Brasília, São Paulo e Belém, para garantir representação de todas as partes do país no encerramento em Foz.

A programação contou com showcases de artistas do Norte ao Sul do Brasil, além de convidados da Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia e Moçambique, reafirmando o caráter plural e internacional da feira. “A música é uma grande potência que une o Brasil à América Latina e ao mundo”, reforçou Téo.

Gratuito, o evento também teve como proposta a democratização do acesso à cultura. “Mesmo quando a gente cobra ingressos, sempre mantemos valores populares. Mas, nesta edição, por ser a primeira em Foz do Iguaçu, optamos pela gratuidade total para atrair o público local e ampliar a discussão sobre a cultura como ferramenta de integração regional”, explicou.

A escolha de Foz do Iguaçu como palco do encerramento nacional da FIMS não foi apenas logística, mas sim estratégica e simbólica, representando a visão de um Brasil conectado com sua identidade latino-americana por meio da música.