Vou abrir o jogo aqui com vocês. Depois que comecei a trabalhar, tem sido muito difícil me desconectar. A verdade que o tal FOLO (eu já irei explicar em seguida) me pegou nos últimos dias.
Significa Fear of logging off, mais um termo em inglês, eu sei!
Em tradução literal significa “medo de ficar desconectado”, muito parecido com FOMO que significa “Fear Of Missing Out”, ou “Medo de Ficar de Fora” em português.
Como alguém que trabalha na área de jornalismo e produção de conteúdo, confesso que essa é uma sensação eu não consigo evitar. É esse sentimento de estar perdendo algo se não tiver conectada.
Fico constantemente pensando que deve estar acontecendo algo que pode render uma pauta interessante para vocês e não consigo desligar do mundo online.
É um sentimento muito comum, principalmente depois do COVID-19, em que ficamos mais conectados que nunca.
O medo de ficar com o celular e o computador desconectado para fazer as coisas simples da vida como ir ao banheiro e descansar afetou muitas pessoas em todo o mundo. É como se, alguma coisa muito importante pudessem acontecer exatamente no momento que você sair da frente da tela e acabar de desconectando.
Um estudo da universidade de Stanford, apontou que depois que estamos mais de 50 horas conectados. Perdemos a nossa capacidade de absorver informações, tomar boas decisões, sermos criativos e a nossa produtividade cai consideravelmente.
Ansiedade: A preocupação constante de perder oportunidades ou experiências importantes pode aumentar os níveis de ansiedade e estresse.
Baixa autoestima: Comparar-se constantemente com os outros nas redes sociais pode levar a sentimentos de inadequação e baixa autoestima.
Impacto nas relações interpessoais: A necessidade de se manter constantemente atualizado e envolvido em atividades pode prejudicar relacionamentos pessoais, pois a pessoa pode negligenciar a conexão real com amigos e familiares.
Distração e falta de foco: Tentar acompanhar todas as atividades e oportunidades pode levar à distração e dificuldade em se concentrar em tarefas e metas pessoais.
Tomada de decisão inadequada: O FOLO e o FOMO podem levar a decisões impulsivas e irracionais, como gastar dinheiro desnecessariamente, comprometer-se com eventos ou atividades que não se alinham com os valores pessoais ou mesmo negligenciar a saúde e o bem-estar.
Esgotamento: Tentar acompanhar tudo e participar de todas as oportunidades pode levar ao esgotamento físico e emocional.
Para lidar com o FOLO e o FOMO, é importante estabelecer prioridades, praticar a autoaceitação, focar-se nas próprias metas e valores.
Como você pode combater?
Faça pausas durante o trabalho de maneira equilibrada: Informe sua equipe e gestores que você planeja fazer pausas de 15 a 20 minutos ao longo do dia. Ao incluir pausas programadas em sua agenda, você cuidará melhor do seu bem-estar e suas costas agradecerão.
Desfrute de um hobby que não envolva telas: Redescubra atividades que você gosta fora do trabalho e que não envolvam o uso de dispositivos eletrônicos. Seja cozinhar, praticar esportes, cantar ou dançar, o importante é se envolver em pelo menos uma atividade que te afaste das telas.
Estabeleça limites saudáveis: Não é necessário estar sempre conectado. Comece o dia com um café da manhã nutritivo antes de verificar seu celular e evite assistir a vídeos nas redes sociais antes de dormir. Definir limites para a interação com dispositivos eletrônicos ajudará a minimizar o FOLO.
Promova o alinhamento de expectativas: Nem todas as mensagens exigem uma resposta imediata. Evite mal-entendidos, estabelecendo períodos específicos para responder e-mails e comunicando prazos de resposta às pessoas interessadas. Isso permitirá que você responda com tranquilidade e eficiência.
Essas foram algumas das sugestões que já usei e tiveram um excelente resultado por aqui. FOLO ainda não é uma sigla muito conhecida nem falada mas, seus efeitos já estão por aí.
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