As crianças com autismo respondem de forma diferente ao ambiente desde os primeiros anos de vida. A criança é menos sensível a estímulos sociais e não inicia a interação social. Ao mesmo tempo que a criança pode estar fixada em objetos e envolver-se no jogo repetitivo com os objetos.
Estas pobres experiências diárias e recompensas padronizadas, moldam o cérebro dela e sua rede neuronal ficam cada vez mais desenvolvida, estimulada e apoiada nessas atividades com objetos, e nãodesenvolvendo as redes neuronais ou sistemas de atenção orientados por eventos sociais.
Devido a estes prejuízos em seu desenvolvimento a Avaliação diagnóstica e Intervenção Terapêutica se tornam essenciais para a aquisição de habilidades e competências fundamentais para sua independência, inclusão e qualidade de vida.
O autismo se manifesta diferentemente em cada pessoa, devida a constituição genética biológica própria, herdada predominantemente de seus pais. Por isso, é importante ressaltar que o autismo não se trata de uma doença a ser curada, não apenas uma deficiência a ser superada, mas sim uma variação neurológica a ser abraçada e compreendida.

Intervenção Intensiva e Precoce
Trata-se de um modelo de intervenção que é considerado o tratamento prioritário para a criança TEA e deve ter algumas características fundamentais:
• Ser o mais precoce possível, ou seja, com início nos primeiros anos de vida;
• Ser intensiva – a intervenção é realizada entre 20h a 40h;
• Ser íntegra- fundamentado na Análise do Comportamento Aplicada (ABA);
• Ser Multiprofissional com abordagem Integrada (transdisciplinar).

Somare Acolhe famílias neuroatípicas
O nível de suporte que o autista necessita para seu desenvolvimento varia entre nível 1, 2 ou 3 (ao lado infográfico), ela é estabelecida em laudo médico, mas pode e deve sofrer alterações ao longo do tempo, com o tratamento/intervenção que ela recebe, adquirindo novas habilidades, melhorando em vários aspectos, na construção de uma nova realidade.

Realidade neuroatípica familiar
Assim como existe algumas diferenças, existe muitas singularidades no universo azul das pessoas com transtorno do espectro autista, no que se refere a limitantes sociais, o impacto na dinâmica familiar, impacto econômico do tratamento, as emoções que emergem do diagnóstico e o sofrimento vivenciado na inclusão.

Os pais tem “movido montanhas” por seus direitos e respeito, assim como são protagonistas e influenciadores em muitas áreas, como na pesquisa, tratamento, escolarização e direitos. Há, portanto, uma real mobilização na construção de redes de amizades e apoio, da qual vem ganhando maior força, gerando grandes mudanças e garantindo melhorias em todos os aspectos.
“A Somare nasceu genuinamente dessas necessidades, de um espaço que acolhesse com compaixão as demandas familiares, empoderasse os pais com informação e oferecesse intervenção com capacidade para evoluir as crianças. Nossa dedicação é diária com uma verdadeira equipe de profissionais comprometidos com a ciência e o olhar humanizado.”