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O ano de 2023 começou em alerta na Tríplice Fronteira, devido ao número de casos confirmados de Dengue e principalmente Chikungunya.

O Paraguai atualmente vive um surto da doença Chikungunya, sendo que no mês de janeiro foram confirmados mais de 5.500 casos no país vizinho, contra 37 de Dengue, além do registro de cinco óbitos. No final de fevereiro, o Paraguai soltou um alerta epidemiológico de problemas de saúde para comportamento atípico de Chikungunya.

Já na Argentina, de acordo com o Ministério da Saúde, na semana epidemiológica 7 de 2023 (de 12 a 18 de fevereiro), foram notificados 673 casos positivos de Dengue no país, sendo que 587 não apresentavam histórico de viagem. Atualmente, o vírus está circulando em seis jurisdições: Santa Fé (em 7 localidades), Salta (em 3 localidades), Tucumán (em 2 localidades), Jujuy, Córdoba e na Cidade Autônoma de Buenos Aires (CABA).

Já em relação ao vírus Chikungunya, foram registrados até o momento três casos sem histórico de viagem em dois municípios da província de Buenos Aires, além de outros 132 casos importados ou sob investigação em outras sete jurisdições.

No Paraná os casos também tem assustado e Foz do Iguaçu está em alerta. Conforme apontam os dados do ano epidemiológico, são mais de 7.750 casos notificados e 487 casos confirmados. A transmissão da Chikungunya também preocupa a Secretaria da Saúde.

Segundo os dados, até o momento, 11 casos da doença já foram confirmados – sendo cinco importados e seis autóctones, transmitidos em Foz do Iguaçu. Um dos agravantes está na alta contaminação registrada no Paraguai, que atualmente conta com mais de 29 mil casos de transmissão da Chikungunya.

Com o objetivo de atender à crescente demanda de casos, as Unidades Básicas de Saúde da Vila Yolanda, Profilurb II, Morumbi III e São João estenderam o horário de atendimento até as 22h. Para complementar o atendimento, uma nova ala foi criada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) João Samek, além da ampliação de leitos no Hospital Municipal Padre Germano Lauck.

Essas medidas foram adotadas com a intenção de melhorar a qualidade do atendimento e garantir que todos os pacientes recebam a assistência necessária.

Além disso, foi identificado que a região Sul da cidade apresenta maior incidência da infestação, com 32% dos casos registrados nesta região.

Mobilização em Foz

Para isso, a Prefeitura de Foz organizou uma mobilização contra a dengue a partir da próxima quinta-feira (2) na região Sul da cidade como forma de conter os agravantes números de infestação da doença na cidade.

Segundo a assessoria da Prefeitura de Foz, haverá uma mobilização de limpeza na região Sul da cidade a partir de quinta-feira (2) até sábado (4). Durante o período, o município irá disponibilizar equipamentos e servidores que atuarão, principalmente, na região do Bubas.

A força-tarefa tem como objetivo minimizar os efeitos da doença na região, que se encontra em uma situação preocupante. Dentre os objetivos da ação, destacam-se o envolvimento da comunidade no trabalho e a convocação de associações e grupos comunitários para integrarem o serviço.

Neste primeiro momento, as Secretarias da Saúde, Meio Ambiente, Obras e Agricultura fornecerão o maquinário necessário para a retirada dos resíduos. As demais pastas contribuirão com ações de educação ambiental em escolas, contatos com empresários e forças de segurança para auxiliar no trabalho, entre outras iniciativas.

Ações do Centro de Controle de Zoonoses

Além do mutirão da Prefeitura, o CCZ de Foz também está com ações efetivas para combater a proliferação do mosquito, entre elas destacam-se:

  • Vistoria ambiental (visitas casa a casa);
  • Mutirões (em parceria com outras secretarias);
  • Ações de educação em saúde voltadas para arboviroses;
  • Entrevistas com orientações sobre prevenção de arboviroses (TV e rádio)
  • Busca ativa/encaminhamento de pacientes com sintomas de arboviroses para as UBS;
  • Vigilância entomológica (dos mosquitos) e detecção viral em mosquitos capturados vivos;
  • Vigilância de pontos estratégicos (estabelecimentos de comércio de ferro velho, depósitos de automóveis apreendidos das polícias, cemitérios, borracharias e outros locais de maior risco de acúmulo de água);
  • Parceria com a Defesa Civil para adentrar e tratar imóveis com piscina;
  • Encaminhamentos para a Secretaria da Fazenda e Secretaria de Obras.

Enfrentamento na Tríplice Fronteira

A Secretaria de Estado da Saúde (SESA) está ofertando um curso de enfrentamento de Chikungunya para a região e representantes da saúde dos países vizinhos foram convidados. Estão em andamento ações de educação em saúde voltados para crianças em idade escolar na Tríplice Fronteira, busca por novas tecnologias para combate às arboviroses, novos métodos de trabalho e capacitação dos profissionais em parceria com a Itaipu Binacional, universidades públicas e privadas, Ministérios da Saúde dos três países, Fiocruz, OPAS, CDC de Atlanta, entre outros parceiros.

Perigo para a saúde

Embora a chikungunya possa afetar pessoas de todas as idades e gêneros, é importante destacar que certos grupos têm maior risco de desenvolver complicações graves. As crianças com menos de um ano e os adultos mais velhos são os mais vulneráveis a desenvolver formas graves da doença.

Por isso, é fundamental que todos os pacientes sejam avaliados por um médico e recebam o tratamento adequado para a chikungunya. Além disso, é importante tomar medidas preventivas, como a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti e o uso de repelentes e telas de proteção em residências e locais de trabalho. Com essas medidas, podemos reduzir o impacto da chikungunya na saúde da população.

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