Provavelmente sim. Todos em algum momento da vida pensaram, fizeram ou fazem terapia. Seja ela tradicional junto à psicólogos ou às terapias complementares como constelação familiar, hipnoterapia, thetahealing, grandes aliadas na luta contra o estresse, dores físicas e até mesmo traumas psicológicos.

Nos últimos dois anos, um vírus tomou conta do nosso planeta e tudo a sua volta mudou. Nós seres humanos fomos “convidados” ou melhor, obrigados a mudar hábitos, atitudes e comportamentos. O mais difícil, o isolamento, só ou com familiares, levou cada um de nós a questionar a vida, os comportamentos e muitos a se reinventar para continuar a viver de forma lúcida em um novo mundo que deixou de ser presencial para tornar-se digital. Onde as regras mudaram. Não temos mais o toque humano, mas o toque nas telas e os sons que vem desses aparelhos eletrônicos.

Fomos obrigados a sair, não só da nossa zona de conforto, como também da nossa rotina. Tudo mudou. E agora? Dias se passam, semanas, meses. O mundo para. Diminuímos a velocidade do corpo e os pensamentos, acompanham esse break? Nem sempre né? As chamadas doenças da alma tomam conta de alguns, a ansiedade de outros e a vontade de mudar, evoluir, sair dessa pandemia melhor toma conta de quase todos. O que fazer agora? O que fazer depois? O que vou ser? Trabalho? Amor? Saúde física e mental, tudo muda. E assim nascem, com muita força, tomando conta do nosso novo mundo as lives. Lives para entreter, lives para ensinar e as lives para ensinar a viver de novo nesse mundo virtual e como retomar o depois do vírus.

Nesse cenário eu, como tantas outras pessoas, busquei as terapias online. No meu caso, já vinha de uma longa data buscando conhecer o meu eu interior. Buscando o meu lugar no mundo. Descobrir meu propósito de vida para ser uma pessoa melhor comigo mesma e com os outros.

Queria me posicionar.

Antes da pandemia fiz um treinamento de alta performance que, além de me tirar da zona de conforto, me levou a tomar caminhos desconhecidos por mim, alguns me fizeram bem, mas outros me levaram a um novo buraco, um buraco vazio dentro de mim mesma. Precisava então buscar como e com o que preencher esse novo vazio.

Primeira atitude, olhar para mim e descobrir o que eu gosto de fazer, o que me dá alegria?

Estudar, sim, amo estudar. Amo me relacionar, ajudar pessoas, e acima de tudo, amo crianças e me relaciono muito bem com elas.

Resultado: coach, vou ser coach de vida e de crianças. Lá fui eu logo no início do ano de 2020, o ano que o mundo parou, estudar coach.

– Mas e aí Vanessa? Deu certo? Você hoje é coach?

Não, não sou. Com a pandemia voltei a me interiorizar, a olhar para dentro de mim com o carinho, calma e atenção que eu realmente precisava, e descobri que não me conhecia. Que havia criado uma Vanessa para suprir as minhas necessidades superficiais e agradar, indo na onda da nova sociedade que se instalava.

Foi então que retomei as terapias. E foram muitas. Extrai de cada uma o melhor para o meu melhor.

Mas ao mesmo tempo que algo se curava, algo mais a ser curado era trazido a consciência e precisava de outra terapia.

E foi o que fiz. Busquei, dentre tudo que vivi e aprendi, apenas o que me trazia mais perto de mim mesma e encontrei assim as minhas terapias: uma hora de escrita, conversa com amigos, ou uma hora com minha terapeuta, não importa, apenas pratiquei o que mais se aproximava do que sou e quero ser.

Todos os dias acompanhava lives, vídeos de coachs e terapeutas com muitas receitas para prosperar e viver melhor. Um dia simplesmente acordei. Como? Não sei dizer. Mas de tanto buscar meu cérebro cansou e mandou uma mensagem… – CHEGA!!! Vamos buscar nossa receita para dias melhores. Todas as respostas estão aqui. Dentro de mim. Venha buscar.

E você? Onde anda se procurando? Qual terapia ou quais você anda realizando para se encontrar e ser você mesma?

Não estou dizendo que fazer terapia não seja bom. É essencial para se encontrar. Mas, conhecer a terapia que se vai fazer, saber os seus benefícios, o que ela trata especificamente, se a filosofia está de acordo suas crenças, entre outras coisas fará com que essa busca seja muito mais simples, eficaz e menos custosa, do que escutar receitas e experiências que deram certo para outras pessoas achando que seu resultado será igual. Não somos iguais. Cada ser é único, com histórias e vivências diferentes. Por isso, resultados diferentes.

Semana que vem vou falar um pouquinho sobre thetahealing e minhas experiências nas sessões que realizei.

Até a próxima!

Vanessa Ramunno Medalha, pedagoga e designer, amante das artes e das palavras desde a adolescência. Atualmente se dedica a escrita de textos, poemas e romances. Colunista da revista vem dar informações e dicas sobre terapias e comportamento, estudiosa que é na busca da sua evolução pessoal através da vivência como paciente de diversas terapias e estudante de Coaching infantil.

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