O fato de ter vivenciado muitas experiências traz aprendizado a qualquer profissional em qualquer área.
Todavia, na medicina veterinária, que trabalha com a biologia, muitas verdades são relativas, principalmente em se tratando de diagnósticos precisos.
É fato que o diagnóstico preciso é o pontapé inicial para um tratamento efetivo.
Sem diagnóstico, e são poucas as patologias que não podem ser diagnosticadas seguramente em nossos dias, o paciente fica à mercê de tratamentos intuitivos, na base da tentativa e do erro, comumente sem resultados efetivos.
Ao longo do tempo, a necessidade de reduzir erros tem colocado os exames de laboratório na linha de frente dos diagnósticos precisos.
A tecnologia atual permite avaliar inúmeros marcadores específicos das principais doenças nos animais, e os exames de laboratório compreendem uma gama enorme de testes que vão do básico hemograma, que avalia as células brancas e vermelhas do sangue, até o SDMA, por exemplo, um marcador precoce da perda da função renal.
O fato é que qualquer exame laboratorial representa apenas uma “fotografia” daquele momento, de forma que, considerando as mudanças fisiológicas, um exame feito hoje pode ter um resultado completamente diferente se repetido dentro de horas ou dias, dependendo de cada patologia e da resposta do paciente.
Com isso, a experiência do clínico é fundamental para definir qual exame laboratorial poderá conter uma resposta relacionada com o quadro do paciente.
De nada adianta avaliar o nível de colesterol em um paciente com septicemia.
Há que se ter um raciocínio lógico evitando solicitar exames desnecessários, que incorrerão em aumento dos custos para os tutores e em nada ajudarão no diagnóstico do paciente.
E esse é o desafio do clínico de pequenos animais.
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