Atitudes. A pandemia do Covid-19, ainda com a curva crescente, exige de cada um atenção detalhada às ações pessoais, com vista à prevenção da contaminação pessoal e de outrem.
Esclarecimento. É importante que as pessoas, individualmente, conscientizem-se não só sobre a necessidade do uso correto da máscara, mas também de certos detalhes da conduta pessoal de higienização.
Displicência. A primeira observação é não fingir estar usando a máscara. Não adianta nada colocá-la abaixo do nariz, cobrindo somente o queixo ou a boca.
Dessa maneira, toda vez que a pessoa põe a mão no tecido da máscara para cobrir o nariz, está correndo o risco de contaminar o material e, consequentemente, de se infectar, pois, durante o intervalo em que esteve com a máscara no local errado, pode ter tido contato com partículas do coronavírus (grandes ou minúsculas), além de ter tocado em local que contenha, potencialmente, o vírus, levando, em seguida, o vírus para a máscara.
Adequação. A forma correta de usar a máscara é cobrindo totalmente o nariz e a boca, sem que haja nenhuma brecha entre a máscara e o rosto da pessoa. Ou seja, não pode haver espaço, entre o tecido e o rosto, capaz de permitir a entrada do vírus.
Contaminação. A segunda medida se refere à distância entre as pessoas. Reforçamos que, segundo a Organização Mundial da Saúde, existe a possibilidade de a covid-19 ser transmitida por partículas microscópicas que ficam suspensas no ar e são liberadas na respiração e na fala, e há a possibilidade de serem transportadas de um a dois metros de distância.
Desse modo, mesmo ao ar livre, é fundamental, além do uso de máscara, o afastamento entre as pessoas para evitar que tais partículas contaminem alguém.
Toque. A terceira providênciaé a pessoa não tocar os orifícios pessoais – nariz, olhos e boca – sem antes ter lavado as mãos com sabonete por, no mínimo, 20 segundos, ou higienizado com álcool líquido ou em gel 70%.
Embalagens. A quarta cautela se refere à higienização das embalagens de mercadorias antes de colocá-las em contato com qualquer superfície, seja em casa ou seja a própria roupa do corpo ou, ainda, a pele.
Ilustração de conduta suscetível à transmissão é a pessoa pegar embalagem de comida delivery apoiando-a no corpo sem ter antes passado álcool.
Associado a isso, funcionários dos restaurantes não devem colocar o dedo dentro da embalagem para pegá-la ou fechá-la sem ter colocado luva descartável ou, pelo menos, ter limpado as mãos antes do manuseio.
Roupas. O quinto cuidado é observar o tipo de vestimenta utilizado para que a roupa não encoste em locais potenciais às partículas. Por exemplo, no chão, na parede, em corrimões, há possibilidade de haver covid-19.
Desse modo, é interessante observar se a barra do vestido ou saia, além da bainha da calça, arrasta no chão, pois o vírus pode ter caído (ele é pesado e cai depois de estar no ar). Tal recomendação se estende, igualmente, à pessoa evitar recostar-se em paredes ou bancadas, porque não sabe se tais regiões estão contaminadas.
As mulheres com cabelos compridos devem prendê-los, porque se entrarem em contato com superfície contaminada ficam com o vírus até que sejam lavados com xampu.
Tranquilidade. Saber os pormenores da transmissão da covid-19 acalma e permite pensar cada detalhe da conduta pessoal visando a evitar infectar-se e contaminar quem convive consigo.
Analogia. O foco na observação dos detalhes dos gestos pessoais e do uso correto dos equipamentos de proteção se assemelha ao procedimento exigido dos profissionais de saúde que trabalhem em UTIs ou em centros de pesquisa ou tratamento de doenças altamente transmissíveis.