O Ozônio medicinal, é uma mistura de oxigênio (O2) e ozônio (O3) puros na proporção de 0,05% a 5% de O3 e 95% a 99,95% de O2.

Ele possui alta biocompatibilidade, o que propicia a sua aplicação em homens e mulheres de todas as idades.

A substância possui contraindicações apenas para pessoas com deficiência da enzima G6PD (conhecida como anemia hemolítica), gestantes, pessoas com hipertireoidismo descompensadas ou que estejam muito “oxidadas”. Ademais, de acordo com a Associação Alemã de Ozonioterapia, a incidência de efeito colateral é de apenas 0,0007%.

Na odontologia, o ozônio é utilizado em distintas formas: água ozonizada, óleo ozonizado e gás ozônio. Além disso, é aplicado em várias áreas de tratamentos:

  • Protocolo cirúrgico oral: O ozônio eleva a taxa de oxigênio que chega aos tecidos, de forma a gerar e estimular enzimas que captam radicais livres e protegem as paredes celulares, incentivando a reparação tecidual. Esse aumento da oxigenação normaliza a microbiota bucal, eleva a circulação sanguínea e induz a formação de células imunocompetentes e imunoglobulinas, que, por sua vez, encerra a inflamação, maximizando a atuação do sistema imunológico. Isso permite que o ozônio tenha efeito em recuperações pós-operatórias em geral e no tratamento de complicações pós-cirúrgicas.
  • Tratamento de cárie: A terapêutica com ozônio pode ser utilizada como tratamento não invasivo da lesão inicial de cárie ou em lesões cavitadas. A capacidade que o ozônio tem de atuar contra as bactérias gram-positivas presentes no biofilme, pode impedir o acometimento inicial da cárie. De acordo com Rodrigues et al. (2010) “o ozônio é uma alternativa, por apresentar propriedades comprovadas na inibição e/ou destruição de diversas bactérias da cavidade bucal – tais como Streptococcus mutans, Streptococcus sanguis e Actinomyces odontolyticus”. Ele age estabilizando momentaneamente a evolução da lesão de cárie, ocasionando em prevenção ou até mesmo levando ao retardamento da necessidade do tratamento restaurador. Além disso, o ozônio atua na diminuição da acidez do biofilme, gerada por bactérias cariogênicas, o que possibilita a difusão de íons, cálcio e fosfatos nas lesões, e permite a remineralização da dentina e esmalte afetados.
  • Gengivite e periodontite: O ozônio elimina os patógenos causadores da doença periodontal, restaurando o metabolismo, adequando o nível do oxigênio, normalizando a microbiota periodontal bem como aumentando a circulação sanguínea e ativando o sistema imunológico. Tanto em processos crônicos periodontais quanto em processos agudos, o uso do ozônio tem demonstrado ser bastante satisfatório. O uso da água ozonizada em bochechos diminui a adesão de placa à superfície dental e ao mesmo tempo neutraliza totalmente culturas de Staphylococcus aureus (HUTH, et al., 2006).

A ozonioterapia é utilizada em muitas outras condições na odontologia. Você quer saber mais sobre esse tratamento? Entre em contato conosco: