No mês de março, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia reforça a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento precoce do câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, que é um dos três tipos de cânceres que mais atingem os brasileiros.
Cada dia mais comum e bastante agressivo quando diagnosticado tardiamente, o câncer colorretal é um tipo de tumor com enorme ocorrência no Brasil atualmente. Este tipo de câncer abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamado cólon, no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e no ânus.
É tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos. Os pólipos são adenomas e, portanto, lesões benignas, que crescem na parede do cólon e podem, com o passar do tempo, transformar-se em câncer.
Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer colorretal são:
- Idade;
- Histórico familiar de câncer de intestino;
- Ter uma dieta: pobre em fibras; com ingestão excessiva de carnes vermelhas, bem como carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, salame, bacon, peito de peru, entre outros);
- Sedentarismo;
- Obesidade;
- Consumo excessivo de álcool;
- Tabagismo.
Quais são os principais sintomas?
- Sangue nas fezes;
- Alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas);
- Dor ou desconforto abdominal;
- Massa (tumoração) abdominal;
- Perda de peso sem causa aparente;
- Mudança repentina nos hábitos intestinais;
- Constipação;
- Diarreia;
- Fraqueza e anemia;
A incidência de câncer com evolução assintomática ou com sintomas raros é o grande obstáculo para o diagnóstico precoce.
Rastreamento e diagnóstico
Existem outros exames para detectar o câncer colorretal, como a verificação de sangue oculto nas fezes e a retossigmoidoscopia, que é menos invasiva. No entanto, nenhum exame é tão completo e eficiente como a colonoscopia, pois, além de identificar todos os pólipos, consegue eliminar as lesões.
A nova orientação, após evidências demonstrarem o aumento do câncer colorretal entre os jovens adultos, é iniciar o rastreamento a partir dos 45 anos, mesmo que o paciente não apresente sintomas.
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