Quando o tema é representatividade política, há um debate que a nossa cidade precisa fazer: será que em Foz do Iguaçu há um número adequado de vereadores e vereadoras?
Ter mais vereadores e vereadoras representa um maior custo aos cofres públicos?
Para responder tais perguntas, devemos primeiro levar em consideração o tamanho da cidade, que se aproxima dos 200 mil eleitores – condição para ter 2º turno – e, em relação a outros municípios, está defasada em relação ao número de parlamentares.
A título de comparação, Cascavel, Guarapuava e São José dos Pinhais têm 21, enquanto Ponta Grossa e Toledo têm 19. Das maiores cidades paranaenses, somente Foz e Maringá insistem em ter 15 vereadores e vereadoras.
Ou seja, o fato de se ter mais ou menos não significa necessariamente uma Câmara melhor ou pior, mas pode significar um Legislativo com menos ou mais representatividade da extrato social, onde menos ou mais mulheres, jovens, negros, grupos sociais, categorias profissionais, ideias e – muitas vezes – partidos estão representados.
Ao mesmo tempo, a questão dos gastos com a Câmara pode ser equacionado com gestão, eficiência e boas práticas, bem como com a redução inversamente proporcional das estruturas de cada gabinete, gerando economia de um lado para ampliar a representatividade do outro, sendo possível, inclusive, uma Casa de Leis mais econômica, mesmo com mais vereadores e vereadoras.
Ampliar ou não o número de parlamentares pode, ainda, ampliar ou não também o debate, os contrapontos, as discussões e a fiscalização do Poder Executivo, uma das tarefas dos vereadores e das vereadoras.
É razoável pensar que, se bem organizado e com espírito público, é possível Foz ter mais vereadores e vereadoras sim, sem prejuízo algum à cidade. Basta pactuar bem.
Assim, seja qual for a opinião individual de cada um, nós, como cidade, temos a obrigação de, ao menos, fazer esse debate.
