Estamos iniciando um novo relacionamento aqui, pautado no respeito à cidade e aos espaços democráticos de debate e de ideias.

E isso é muito valioso.

Principalmente porque, nos últimos tempos, o Brasil se viu inserido em um ambiente de profunda divisão e exaltação de emoções, onde assuntos polêmicos foram colocados como verdades absolutas e não sobrou, muitas vezes, espaço algum ou disponibilidade alguma para o diálogo aberto, franco, construtivo e de benefício à sociedade.

E Foz do Iguaçu, cidade longe dos grandes centros decisórios – como São Paulo e Brasília – mas absolutamente dependente da política nacional, perdeu muito com esse processo.

De certa forma, esquecemos de nossa política local, de nosso dia a dia, permitindo assim perdas significativas nos espaços de controle social e de debate dos problemas que realmente afetam nossa cidade e nossa região trinacional.

Foz do Iguaçu, e sua região que é mais que metropolitana, repito novamente, é trinacional, tem um potencial incrível para melhorar a vida de seu povo e ampliar sua participação na economia da América Latina, seja no turismo, seja na educação, seja no setor de logística ou mesmo – e agora – no setor da saúde. É nosso papel discutir isso.

Assim, e de minha parte, aceitei estar aqui no Portal 100 Fronteiras todas as semanas, sempre às quintas, para tratar sim de política, mas da política que beneficia a todas as pessoas que vivem em nossa cidade e na tríplice fronteira: economia, direitos, educação, empregos, inovação, planejamento, serviços públicos e cidadania, trazendo um pouco dos bastidores da política e das demandas sociais de nossa gente.

Sou iguaçuense, filho e neto de família de barrageiros, vivo aqui, tenho minha vida aqui e pretendo estar por aqui pelo tempo que a vida me permitir. Sou professor, gestor público, coordenador do Coletivo de Cidadania e também estudante, porque enquanto a gente consegue, a gente tem que estudar.

Não pretendo, aqui, nesta coluna, nem de longe, ser um epicentro de verdades, mas ter aqui um local de ideias e informações sobre como podemos crescer coletivamente, da mesma forma que fizeram outras cidades ou regiões: colocando as vaidades de lado e iniciando um processo de unidade em torno da defesa e do desenvolvimento social e econômico de seus territórios.

E espero rever você, leitor ou leitora, aqui, mais vezes.

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Luiz Henrique Dias é professor, gestor público e aluno do mestrado em História da Unila. Divide seu tempo entre os estudos, a sala de aula e o debates sobre política.

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