Técnicas como as cirurgias minimamente invasivas melhoram muito o processo de recuperação pós-cirúrgica. Todavia ainda é frustrante para o profissional veterinário quando um procedimento cirúrgico é feito com esmero e cuidados, mas o pós-operatório, que é quando o paciente vai para casa, não acontece da forma adequada.
E muitas são as causas: os animais não têm qualquer noção da necessidade de não tocar o ferimento cirúrgico e deixá-lo seguir no processo normal de cicatrização, uma vez que a lambedura dos ferimentos é uma prática comum nas espécies animais, que acaba, porém, retardando a cicatrização.
Por isso é necessário utilizar-se de artifícios para impedir que os animais se automutilem, seja por lambedura excessiva no ferimento cirúrgico, seja por arrancamento precoce dos pontos cirúrgicos. O uso de colares tipo “Elizabetano” ou de roupas cirúrgicas ajuda bastante nesse processo. Entretanto a conscientização dos tutores é essencial para o sucesso e recuperação do paciente.
Muitos se sentem culpados por ver os seus animais incomodados com o uso desses apetrechos, acabando por removê-los prematuramente. Alguns animais em poucos minutos podem remover os pontos de uma cirurgia, pondo todo o procedimento em risco – principalmente quando expõem áreas sensíveis como as decorrentes de cirurgias ósseas ou cavitárias.
Por outro lado, é importante lembrar que um organismo equilibrado nutricionalmente tende a ter uma recuperação e cicatrização melhor.
Dessa forma, é essencial que o paciente se alimente adequadamente com um alimento balanceado e que receba controle medicamentoso da dor pós-operatória.
Qualquer pós-operatório cirúrgico, por mais simples que seja, tem seus riscos inerentes que podem ser minimizados se forem seguidos os protocolos e as recomendações do profissional veterinário. Com isso, a recuperação do paciente tende a ser mais rápida; e os contratempos, passageiros.
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