O 100fronteiras.com é um portal dedicado ao jornalismo local na Tríplice Fronteira. Com mais de 18 anos de experiência, promovemos conexão e informação relevante para a comunidade das regiões do Argentina, Brasil e Paraguai.
Mapa publicado anteriormente no livro A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E A TRÍPLICE FRONTEIRA, de autoria de Micael A. Silva.
Dependendo do lugar de origem, uma viagem à Tríplice Fronteira nos anos 1940 poderia ser uma longa aventura. As formas de acesso à região eram muito diferentes daquelas que conhecemos hoje.
Primeiro, se alguém viria de Curitiba, o caminho era via estrada que hoje conhecemos como “Estrada Velha de Guarapuava”.
Da capital à Guarapuava a viagem era normal para os padrões da época. Então começavam os problemas porque o que havia eram somente picadas, sendo apenas partes “carroçáveis”.
Se a pessoa estivesse vindo de São Paulo, o recomendável era ir até a cidade paulista de Porto Epitácio e embarcar rumo à Guaíra.
Para contornar as Sete Quedas, havia uma pequena estrada de ferro construída para transportar erva mate e conectar a parte de cima do rio Paraná com a parte de baixo que dava acesso à Buenos Aires.
Os primeiros turistas, que na época eram chamados de “excursionistas”, vinham da Argentina pela terceira rota: Buenos Aires.
Toda semana saía um barco a vapor de Buenos Aires, passava por Posadas e subia o rio até Guaíra, passando pela Tríplice Fronteira.
Essa era a principal rota para os moradores da região. Não é de se estranhar, portanto, que havia mais contato com a Argentina do que com o Brasil.