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As vacinas estão chegando. E com elas muitas dúvidas. Sobre a tecnologia, a eficácia, a segurança, o tempo de imunização, os efeitos adversos, os tipos de vacina.

Segundo a OMS, mais de 160 vacinas estão em processo de fabricação.

A CoronaVac é feita com o vírus inativado (morto) pelo calor ou por produtos químicos. Injetada no corpo humano, gera os anticorpos necessários no combate à doença.

Os linfócitos capturam o vírus e produzem anticorpos que se ligam a ele, impedindo que infecte as nossas células.

Essa vacina tem eficácia de 50,38%. Usa uma tecnologia já conhecida e antiga, que foi utilizada, por exemplo, na vacina contra a poliomielite. É tida como bastante segura.  

A vacina de Oxford/AstraZeneca e a Sputnik V, da Rússia, usam a tecnologia do “vetor viral não replicante”.

Utilizam um “vírus vivo”, um adenovírus inofensivo, como meio de transporte para uma proteína do coronavírus, a espícula S, que o coronavírus usa para entrar nas células humanas.

Esse adenovírus não tem capacidade de se multiplicar no organismo humano.  Modificado pela engenharia genética, passa a carregar instruções para produzir uma proteína característica do coronavírus nas suas espículas, o que é detectado pelo sistema imune, que cria uma resposta protetora contra  o vírus da covid-19.

Trata-se de uma estratégia nova, nunca usada nos seres humanos. A Oxford  tem uma eficácia média de 75%, segundo os cientistas responsáveis por ela.

A Sputnik tem uma eficácia avaliada em 91,6%. Ambas se apresentam como muito seguras.

A vacina da Pfizer/BioNTech e a vacina Moderna utilizam a tecnologia do RNA mensageiro, a partir do cultivo de um vírus em laboratório.

A replicação de sequências de RNA por meio de engenharia genética produz uma vacina de mais rápida produção e mais barata.

O RNA mensageiro produz uma proteína parecida com a do coronavírus, que desencadeia uma reação nas células do sistema imunológico, gerando uma defesa robusta no organismo. A Pfizer divulga uma eficácia de 95% e diz que a vacina é segura.

O problema dessa vacina é a baixíssima temperatura com que deve ser armazenada (75 graus negativos). A vacina Moderna tem uma vantagem de exigir um armazenamento apenas a 20 graus negativos. Sua eficácia foi avalia em 94,1% e, segundo o fabricante, é segura.

O mRNA não tem a capacidade de entrar no núcleo celular e modificar o genoma, de sorte que, em princípio, não pode alterar os genes humanos.

Ainda não há motivos comprovados para se temer essas vacinas, instrumentos de grande impacto positivo na saúde individual e coletiva, e uma forma inquestionável de redução de mortalidade e aumento da qualidade e da expectativa de vida.

Só se justifica a não vacinação no caso de contraindicações: menores de 18 anos, gestantes e pessoas que já apresentaram uma reação alérgica anafilática confirmada por uma dose anterior de uma vacina contra a covid-19.

O efeito completo da vacina só ocorre de 15 a 30 dias após a segunda dose, havendo variações entre as diversas vacinas.

A única possibilidade de haver uma infecção de coronavírus pela vacina é o uso do vírus atenuado, mas nenhuma das vacinas acima usa esse método.

Mesmo os que já tiveram covid-19 podem tomar a vacina, apenas não sendo aconselhável se ainda estiverem no período de isolamento, se apresentarem febre ou fizerem uso de antibióticos.

Qualquer vacina pode causar algum efeito colateral leve como desconforto, vermelhidão e inchaço no local da aplicação, tontura, fadiga, dor de cabeça, dores musculares ou nas articulações, calafrios ou febre.

Efeitos mais graves não são impossíveis, mas têm sido raros.

As vacinas contra a covid-19 ainda não tiveram tempo para uma observação adequada e uma comprovação científica, bem como ainda não são conhecidos seus verdadeiros efeitos tardios, que só o tempo tornará evidentes.

O momento é de boa-fé e de um voto de confiança.

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