Mesmo para quem já teve covid, nada impede nem contraindica tomar o imunizante. 

Sabe-se pouco ainda sobre o grau de proteção e o tempo de imunidade que ele proporciona.

O tempo de observação ainda é muito curto. Seus efeitos colaterais, geralmente em curto prazo, já estamos observando. Mas os efeitos em longo prazo somente o tempo nos mostrará.

No momento, o que importa é evitar a doença, o internamento, o tubo e o colapso da saúde pública. 

São conhecidos alguns cuidados importantes. A vacina não deve ser dada, ainda, para pessoas com menos de 18 anos, para mulheres grávidas ou para transplantados. 

Desaconselhada também para quem tem   febre e outros sintomas da doença. No caso de teste positivo, esperar pelo menos 60 dias.

OMS manda esperar seis meses, mas não há consenso com esse exagero. Não há contraindicação para diabéticos, pessoas alérgicas, com câncer, HIV, deficientes físicos.

Porém quem já teve problemas alérgicos graves a vacinas anteriores ou quem é alérgico a um componente dessas vacinas deve evitá-las. 

Quem se vacina quer duas coisas: conseguir a imunização esperada e não ter complicações atuais ou futuras. Importante saber se ainda há doses a tomar e a data em que devem ser tomadas. 

No caso de dor ou inflamação locais, compressas frias podem ajudar; nunca quentes. 

Cremes e outros curativos não são aconselhados. Não coçar. Lavar com água e sabão e manter o local limpo e seco. A febre pode surgir, mas costuma desaparecer espontaneamente em poucos dias.

Se a febre for alta (acima de 38°C) e durar mais que dois dias, procurar auxílio médico.

O edema, vermelhidão local, mal-estar, dor de cabeça e dores musculares costumam ser mais raros, de pequena intensidade e não duram mais que três dias. Sintomas mais intensos ou mais duráveis exigem o retorno ao serviço de saúde, com a carteira de vacinação em mãos, para a devida assistência.

Nenhuma vacina está totalmente livre de provocar reações, contudo seus riscos são menores que seus benefícios.

A vacina imuniza a pessoa e evita maior transmissão da doença.

Ainda oferece proteção indireta a bebês e outras pessoas que ainda não estejam no momento de se vacinar.

O calendário vacinal é divulgado nas unidades básicas de saúde e estão no site da Sesau. A alternativa do tratamento preventivo e precoce ainda não tem consenso.

Já é usada em mais de 30 municípios brasileiros e dezenas de países, com inegável evidência de eficácia, na diminuição da incidência, na diminuição da mortalidade, de internamento, de necessidade de UTI.

São numerosos os trabalhos científicos atuais que comprovam sua eficácia. Lancet e American Journal of Medicine publicam matérias favoráveis. Porém ainda há teimosa e cega resistência – política, judicial e partidária. 

A onda pelas vacinas é grande. Nada científico ainda que as comprove. Mas também nada de estudos que as desaprovem. Não temos alternativa senão surfar nessa onda. 

Vacine-se.

Entretanto não deixe de considerar a alternativa de tratamento que existe e está mostrando-se eficaz, de forma concreta e inegável, em muitos municípios brasileiros e em dezenas de países do mundo.   

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Antoninho Ricardo Sabbi

Membro emérito da Sociedade Brasileira de Cancerologia e Mastologia. CRMPR-7093.

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