Acolher seu medo, olhar para ele com amor, ser o seu motivo para sorrir, assim começa sua transformação interior.

Medo, emoção. Reação diante de um perigo, diante de algo que pode nos causar algum tipo de dano físico ou psicológico. Diante do perigo, é saudável que o indivíduo se proteja. Mas a emoção do Medo pode ser precursora de muitos dos nossos sentimentos que nos causam tristeza, insatisfação e estresse.

MEDO, quatros letras que juntas tem um enorme poder sobre nós. Poder de nos paralisar, mudar de rumo, agir das formas mais loucas e covardes.

Se eu falar agora para você pensar em algo que tenha Medo, muitas coisas veem à sua cabeça, não é verdade? Desde insetos, pessoas, objetos e sentimentos. Sim… Medo de ser infeliz. Medo de perder, Medo de errar… entre tantos outros medos.

Vamos aprofundar um pouco mais esse tema.

O medo mais falado nos dias atuais, no meu ponto de vista, é o medo de tentar mudar de vida, de sair da zona de conforto. O medo da mudança nos paralisa na vida em que estamos. No local onde estamos. Mesmo infelizes, continuamos ali, pois o medo impede o movimento.

Garota com ciúmes do namorado no celular.

Um dos sentimentos que mais nos atrapalham no nosso dia a dia é o ciúmes. Ciúmes do parceiro(a), do colega de trabalho, do chefe, dos que os outros possuem, entre outros, e esse sentimento tem sua raiz no Medo. No medo? Sim.

No medo de perder uma pessoa ou objeto que amamos. Que temos muito apego. De não ser suficiente para o outro e ser trocado, de não precisarem de nós, de não conseguirmos ter o que o outro tem.

Ele atua em todos nós desde que o mundo é mundo. O homem primitivo sentia ciúme da sua parceira. Ele tinha Medo da possibilidade de que seus filhos não fossem legítimos e assim protegia sua linhagem. A mulher primitiva sentia ciúmes do parceiro pelo Medo de que ela e sua prole fossem abandonadas. Ela temia ficar sem o sustento dado pelo chefe da família.

Além da emoção Medo gerar inúmeros sentimentos que não nos fazem bem, existem também as crenças ligadas a ele. Crenças como: “não sou capaz”, “não terei sucesso”, “não sou tão bom quanto fulano”, “não consigo me destacar no trabalho” “será que não serei criticado por minha atitude?”.

Criança com ciúmes da mãe brincando com o bebê.

A maioria dessas crenças nascem na infância e se manifestam com força total na idade adulta, por isso mais um bom motivo para cuidar e acolher a nossa criança interna, reconhecendo os medos que ela sentiu, para então poder ressignificar nossos medos, gerando assim superação e novas ações.

Então, pare e pense, o que foi dito faz sentido para você?

Um dos meus piores medos, era o medo de errar, de tomar bronca das pessoas. Sendo assim passei minha vida me justificando e tentando fazer tudo corretamente, desde à escola até o trabalho, não me permitia errar, e quando isso acontecia gastava muito tempo e energia me perdoando e tentando achar explicação e a solução para amenizar a “bronca” que viria com a descoberta do erro.

Em muitas situações isso foi bom, pois me tornou uma profissional melhor e dedicada, mas muito mais vezes fui prejudicada por mim mesma.

E quando acordei e encarrei meu medo? No momento que parei e identifiquei de onde ele vinha, e claro, vinha da minha infância.

Tomei muitas broncas da minha mãe, ela era extremamente exigente comigo, e eu não me permitia decepcioná-la. Hoje não mais. Sou humana, erro e assumo os erros, sem medos ou neuras.

O medo, uma das quatros emoções mais fortes e presentes no nosso dia a dia e para termos mais realizações na vida e momentos de alegria, sugiro a você, leitor a procurar terapia, sim, com o auxílio de um psicoterapeuta será possível avaliar as situações que possivelmente fazem nascer em você o Medo e assim poder superar e lidar com ele através do autoconhecimento.

Vanessa Ramunno Medalha, pedagoga e designer, amante das artes e das palavras desde a adolescência. Atualmente se dedica a escrita de textos, poemas e romances. Colunista da revista vem dar informações e dicas sobre terapias e comportamento, estudiosa que é na busca da sua evolução pessoal através da vivência como paciente de diversas terapias e estudante de Coaching infantil.

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