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Na primeira metade do século XX, o Paraguai possuía acesso ao Oceano Atlântico por via fluvial, a partir dos portos dos rios Paraná e Paraguai, chegando até a região de Buenos Aires. Nesse período, o país buscava um caminho alternativo que permitisse acesso ao Atlântico pelos portos brasileiros.

Uma das motivações era que a Europa, juntamente com os Estados Unidos, era um dos centros econômicos mundiais e um acesso ao Atlântico seria de grande importância para facilitar o acesso a esses mercados consumidores.

No início da segunda metade do século XX, com a construção da Ponte da Amizade e outras obras de infraestrutura, como a BR277, o Paraguai passou a ter a alternativa dos portos brasileiros. A Tríplice Fronteira passou a ser o principal ponto de ligação do Paraguai com os portos de Paranaguá e Santos.

No século XXI, impulsionados pelo crescimento da importância da China na economia mundial, os países da região do Oceano Pacífico passaram a formar parte importante do comércio internacional de mercadorias.

Com isso, voltou a ganhar força a necessidade de se tornar realidade uma rota que ligasse os portos sul-americanos do Atlântico aos do Pacífico, visando facilitar o acesso de produtos de países como Brasil, Argentina e Paraguai, aos mercados dos países do Pacífico, principalmente a China.

Uma das muitas propostas existentes de corredor bioceânico passa pela Tríplice Fronteira e liga os portos brasileiros aos portos chilenos, passando pela Argentina e pelo Paraguai.

Caso venha a concretizar-se, pode ser mais um elemento que fortalecerá a importância da Tríplice Fronteira para os países que a compõem. A antiga busca por parte do Paraguai de um acesso ao Atlântico e a atual busca do Brasil de um acesso mais barato e viável ao Pacífico demonstram como as mudanças nos grandes eixos da economia mundial e do comércio internacional em grande escala influenciam na dinâmica da Tríplice Fronteira.

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