Esta última sendo denominada mundialmente como síndrome pós-covid.

Ao longo deste mais de um ano de “pandemia”, estamos hoje deparando-nos não só com ondas sucessivas de casos agudos com demandas crescentes por terapia intensiva, mas também com um número crescente de pacientes que experimentam sintomas e problemas crônicos de saúde que duram meses.

Termos como covid-19 pós-aguda e covid-19 crônica começaram a aparecer na literatura global, sugerindo o crescente interesse pela comunidade médica sobre o tema.

As principais sequelas identificadas após a infecção pelo vírus covid-19 são:

  • Sequelas no sistema respiratório: a pouca capacidade respiratória, a sensação de falta de fôlego e o cansaço crônico devem-se à persistência da dispneia aos esforços, que pode ou não vir acompanhada de hipoxemia crônica com redução das capacidades pulmonares e de difusão, bem como apresentação semelhante à doença pulmonar restritiva.
  • Sequelas no sistema hematológico: estudos relatam a ocorrência de eventos tromboembólicos em cerca de 5% dos pacientes após a alta, com até três meses de evolução.
  • Sequelas no sistema cardiológico: a dor torácica e a fadiga crônica são comuns. Estudos já comprovaram o aumento persistente da demanda metabólica desses pacientes e a presença de cicatrizes no miocárdio, que predispõem a arritmias.
  • Sequelas no sistema neurológico: os sintomas mais comuns são fadiga, mialgias, cefaleia, anosmia, disfunção cognitiva e problemas de memória. Até 40% dos pacientes desenvolvem transtorno de ansiedade e/ou depressão.
  • Sequelas dermatológicas: pacientes que relatam a perda de cabelo de forma significante após a alta chegam a 20%. Outras alterações cutâneas, como a presença de reações urticariformes, também são relatadas.

De todos os sintomas enumerados acima, o que temos presenciado rotineiramente, e de forma mais abundante, são as queixas relacionadas à dispneia e à fadiga crônica persistente.

Uma nova pesquisa da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, sugere que as mitocôndriassão uma das primeiras linhas de defesa contra a infecção pelo novo coronavírus. O estudo publicado no Scientific Reports identifica as principais formas como a covid-19 afeta os genes mitocondriais quando infecta as células.

Esse “recrutamento” das mitocôndrias como primeira fonte de defesa do nosso organismo esclarece bem o porquê desses sintomas serem os mais comuns, uma vez que as mitocôndrias são organelas celulares relacionadas com o processo de respiração celular. 

São frequentemente referidas como “casas de força” das células, pois, por meio do processo de respiração celular, uma grande quantidade de ATP é gerada. E o ATP (adenosina trifosfato) é a principal molécula transportadora de energia nos seres vivos. 

O Instituto Ferreira, por meio da Medicina Integrativa, oferece tratamentos para otimizar o metabolismo e manter as mitocôndrias em plena atividade via otimização dos níveis hormonais, desintoxicação, equilíbrio nutricional e outras terapias ortomoleculares que servem tanto para promover uma linha de defesa mais forte, principalmente as mitocôndrias, quanto promover a recuperação delas, após tanto desgaste durante o “ataque viral”, e garantir que a maior fonte de energia do corpo humano seja mantida.

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Foto: Arquivo pessoal.