Um tamanduá-bandeira, também conhecido como jurumi (Myrmecophaga tridactyla), foi avistado em uma das áreas protegidas da Itaipu Binacional na última semana de julho.
O tamanduá-bandeira é uma espécie vulnerável e em risco de extinção, também conhecida como jurumi, ele foi visto pelos colaboradores da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu. Esse evento ressalta a rica biodiversidade abrigada nos cem mil hectares de Mata Atlântica protegidos pela Binacional no Brasil e no Paraguai.
Conhecido por ser mais comum no cerrado, o tamanduá-bandeira é raramente visto na Mata Atlântica, onde se situam as áreas protegidas da Itaipu. Este avistamento é um indicativo da qualidade ambiental dessas florestas, segundo o médico veterinário Pedro Henrique Ferreira Teles (MARP.CD).
“A presença de um animal desse porte é uma prova de que as florestas da usina proporcionam nutrição, segurança e abrigo para espécies ameaçadas, promovendo uma vida silvestre nos refúgios”.
O mamífero de grande porte e cauda coberta de pelos longos, tem um papel crucial nos ecossistemas por sua capacidade de consumir até 60 mil cupins por dia, controlando pragas, além de abrir caminhos e trilhas utilizados por outros animais.
Os tamanduás-bandeira contribuem para a limpeza e decomposição do material lenhoso nas florestas ao buscar larvas em troncos em decomposição. No entanto, a sobrevivência desta espécie é ameaçada por várias ameaças humanas, incluindo a perda e degradação do habitat, a caça ilegal e acidentes rodoviários.
Devido a essas pressões, o tamanduá-bandeira está listado na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Para a segurança do animal, Itaipu escolheu não divulgar o local exato do avistamento.
As áreas protegidas pela Binacional têm o status de Reserva da Biosfera, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Além disso, a Fundação SOS Mata Atlântica reconhece que a empresa é responsável por quase 30% da recuperação do bioma no Paraná nos últimos 30 anos.
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