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Nos primeiros cinco meses do ano, o Paraná foi o estado que mais reduziu o desmatamento ilegal da Mata Atlântica no País.
A área de vegetação suprimida passou de 1,8 mil hectares para 860 hectares no comparativo com o mesmo período do ano passado, uma queda de 54%. O levantamento é do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, uma parceria da Fundação SOS Mata Atlântica, Arcplan e a plataforma colaborativa Mapbiomas, especializada em meio ambiente.
“O Paraná fez do combate ao desmatamento ilegal uma obsessão, por isso esse novo dado precisa ser comemorado, reflete um trabalho bem sério que estamos desenvolvendo.”
destacou Everton Souza, diretor-presidente do Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
Como o desmatamento da mata atlântica afeta o Parque Nacional do Iguaçu?
A Mata Atlântica está presente em várias cidades do Brasil, inclusive em Foz do Iguaçu. Dessa forma, dois importantes pontos turísticos da cidade realizam um trabalho essencial no papel de preservação deste bioma: o Parque Nacional do Iguaçu e o Parque das Aves.
Foto: Nilmar Fernando/ Equipe Cataratas.
O Parque Nacional do Iguaçu abriga as Cataratas do Iguaçu e possui 185.262 hectares do bioma. Desde a sua criação, assegurou-se a conservação deste importante fragmento, blindando esse território e sua biodiversidade.
De acordo com o Biólogo Urbia+Cataratas Pedro Fogaça, o desmatamento atinge as Unidades de Conservação de forma indireta.
”Há o comprometimento da conectividade entre os fragmentos remanescentes, acarretando o fenômeno denominado insularização, ou seja o isolamento destas áreas”, afirma o biólogo.
Fiscalização O combate ao desmatamento se tornou muito mais intenso nos últimos anos no Paraná, realizado diariamente por cerca de 600 pessoas em todo o Estado, sob a coordenação do IAT.