Ele não é nascido em Foz do Iguaçu, mas poderia ser, tamanha é sua paixão pela cidade. Mas de qualquer forma, Sergio Copetti é mais uma daquelas pessoas que adotaram a cidade e, portanto, é iguaçuense. Nascido em Porto Alegre, capital gaúcha, o cantor e compositor sempre teve contato com a música. Trabalhou com os maestros Paulo Dorffman (RS) e Apostolo Seco (SP), e estudou com o professor da Barclay School (Boston), Ary Piazzarolo.
Também participou da Orquestra Popular de Porto Alegre e atuou com músicos e artistas como Sergio Reis, o acordeonista Luis Carlos Borges, Borguetinho, Yamandú Costa, Diego Guerro, Amado Batista, Gerry Adriane, Gilberto Gil (em faixa de CD) com o trombonista Serginho Coelho, o grupo de música instrumental Jazzcaré, o quarteto instrumental Four Jazz, entre tantos outros renomados artistas da Música Popular Brasileira (MPB) e da música instrumental. Participou ainda de projetos culturais na Áustria (Viena), Alemanha (Frankfurt), Eslováquia (Bratislava), Venezuela (Caracas), Argentina (Buenos Aires), Uruguai (Rivera), entre outros países.
Sergio Copetti e o trabalho em Foz do Iguaçu
Em Foz, Sergio Copetti cursou música pela Universidade Federal de Integração Latinoamericana (UNILA). Lecionou na escola Interativa no ensino fundamental e médio de Foz do Iguaçu e durante três anos foi professor de violão e música na Secretaria de Cultura de Itaipulândia, levando jovens e adultos ao conhecimento do violão e à introdução da teoria musical.

“Estas aulas resultaram na formação do Grupo de Cordas e Vozes de Itaipulândia, com jovens entre 11 a 18 anos, destacando-se no cenário musical da região. O grupo realizou apresentações em diversos eventos importantes da região entre os quais destacam-se: Semana Acadêmica e Integração Pedagógica da Faculdade Anglo-Americano, Fórum de Educação do Paraná, o Natal Cataratas de Foz do Iguaçu, entre outros. Em 2013 ganhamos o concurso da PR-FM na categoria MPB com o projeto musical ‘Fenda’, na qual contou com a gravação de um clipe com a música ‘O Rei do Rio’”, destaca Copetti.
Ele recorda ainda que neste mesmo ano, o grupo conquistou o segundo lugar no festival de música Cultivando Água Boa, com a música “O Rei do Rio”. Também teve a participação em outros eventos de música como a Virada Cultural, Feira do Livro de Foz do Iguaçu e Porto Alegre (RS), FARTAL, Teatro Barrageiros, Festival do Litoral de Possadas (Argentina) e em outros estados brasileiros.

Com um extenso currículo de projetos executados, Sergio Copetti ainda possui formação instrumental na qual toca contrabaixo, violão e alguns instrumentos de percussão. Atualmente trabalha como produtor musical, arranjador na produção de trilhas sonoras para filmes, documentários, curta metragens e áudios publicitários. Trabalha ainda como educador musical em escolas do ensino regular e desenvolve um projeto social, além de apresentar um programa de jazz na Rádio Clube FM.
Retratando Foz do Iguaçu na música
Em 2014, a convite da 100fronteiras, Copetti produziu uma música chamada “Isso é Foz do Iguaçu”, que se tornou uma homenagem ao centenário da cidade, tornando-se um hino não oficial de Foz.

Neste ano, em meio a pandemia de Covid-19, Copetti topou mais uma vez o desafio da 100fronteiras de compor e cantar uma música sobre a realidade atual da cidade e do país. Nos versos simples, mas tocantes, Copetti destaca a saudade que os iguaçuenses tem de tomar um tereré e o quão estranho é ver Foz do Iguaçu vazia.
Pelo amor a vida
Quanto tempo faz que eu não tomo um tereré, um mate com você.
Quanto tempo faz, que a cidade está estranha pra você.
Mas não será pra sempre assim, se eu e você cuidarmos uns dos outros.
E pelo amor a vida, logo vamos encontrar uma saída.
Pra rever entes queridos, reencontrar muitos amigos.
Nesta terra onde todos são bem-vindos,
Depende de nós, lá ra laia,
Depende de nós, lá ra laia,
Depende de nós.
Sergio Copetti
Essa é a mensagem que a música quer passar, pois para vencer o coronavírus as pessoas precisam se unir por uma mesma causa. “É uma música simples e direta que fala pra gente passar por isso com menos dor, cuidando um do outro, porque no momento que eu me cuido, eu tô cuidando da minha família, do meu bairro. Além de alertar as pessoas que ainda não entenderam, porque só depende de nós passar por isso com menos sofrimento e danos possíveis”, explica Copetti.