A Tríplice Fronteira é um campo aberto de histórias e, para o historiador e professor Micael Alvino da Silva (Unila), é um local ideal para explorar a história das relações internacionais contemporâneas.

“Esse livro é fruto de cooperação internacional, bilíngue, interdisciplinar e sobre o local que vivemos. Então fico muito feliz por poder, juntamente com os colegas, contribuir com a missão da Unila e o conhecimento especializado sobre nossa região”, destaca Micael.

Ele ao lado de, Isabelle Christine Somma de Castro, doutora em História Social pela USP, organizaram o livro Além dos Limites: a Tríplice Fronteira nas relações internacionais contemporâneas, que acabou de ser lançado em pré-venda.

Sobre o livro e sobre a Tríplice Fronteira

O Grupo de Estudos da Tríplice Fronteira da Universidade da Integração Latino-Americana (GTF-Unila) tem o prazer de anunciar o início da pré-venda do livro Além dos Limites: a Tríplice Fronteira nas relações internacionais contemporâneas. Resultado de um trabalho conjunto do grupo e pesquisadores associados, a obra traz 8 capítulos e prefácio de Rafael Duarte Villa, professor da Universidade de São Paulo e coordenador do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais (Nupri-USP).

A Tríplice Fronteira nas relações internacionais contemporâneas

O livro foi organizado pelos pesquisadores do Grupo de Estudos da Tríplice Fronteira da Universidade da Integração Latino-Americana (GTF-Unila), Micael Alvino da Silva e Isabelle C. Somma de Castro e publicado pela Alameda Editorial e será lançado em breve, via canal da Editora Alameda no YouTube.

O conteúdo versa sobre as várias maneiras de olhar para a principal Tríplice Fronteira da América Latina, entre a Argentina, o Brasil e o Paraguai. É uma zona de fronteiras vivas, com um volume comercial importante e com um fator cultural relevante.

“A região tem recebido uma população árabe muito significativa, o que gerou uma forte securitização. E esse olhar securitizado é um imaginário discursivo, que foi construído nos âmbitos regional e global. Do ponto de vista regional, porque há mais de 25 anos a região foi incorporada à agenda de segurança dos Estados Unidos devido às percepções e suspeitas da região como um espaço para atividades terroristas. A região também se incorporou à agenda global devido à securitização dos vínculos que as atividades ilícitas de atores transnacionais teriam com o terrorismo. Com isso, a Tríplice Fronteira passou a ser umas das mais novas regiões de segurança, daquelas que emergiram após a Guerra Fria, assim como um lugar para se pensar em uma agenda de segurança por via das “novas ameaças”. Em consequência, mais que um espaço geográfico, a Tríplice Fronteira é um espaço de construções sociais sobre a qual se tem elaborado representações, a maior parte das quais fortemente negativas. A desconstrução daquelas imagens socialmente construídas na forma de securitização, de região de atores fora da lei ou de um lugar de violência é a mais importante contribuição do livro. As temáticas referenciadas combinam fronteira, percepções sobre terrorismo, construção de instituições na fronteira e percepções negativizadas (securitização), tratadas de forma crítica e consistente na presente obra, que virá se transformar numa das principais referências da literatura que trata da Tríplice Fronteira”.

O release oficial ainda será lançado pela editora, no entanto, a 100fronteiras teve acesso exclusivo às informações do livro.


O livro estará disponível para a venda e em Foz do Iguaçu na livraria Kunda a partir do dia 30 de junho.

Sobre os organizadores: 

Micael Alvino da Silva é doutor em História Social pela Universidade de São Paulo e professor adjunto na Universidade Federal da Integração Latino-Americana.

Micael-Alvino-Sailva
(Foto: 100fronteiras)


Isabelle Christine Somma de Castro é doutora em História Social pela Universidade de São Paulo e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais (Nupri-USP).

Isabelle-Castro
Foto: Arquivo pessoal.

Formada em Jornalismo na UDC e pós-graduada em Relações Internacionais Contemporâneas na Unila, atualmente é jornalista da 100fronteiras e recentemente conquistou pela 100fronteiras o primeiro lugar no 1º Prêmio Faciap de Jornalismo.

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