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Concorrendo na categoria Impressa, de jornais e revistas, a 100fronteiras foi premiada no 1º Prêmio Faciap de Jornalismo com a reportagem sobre o ecossistema de inovação em Foz. Autoridades locais falam sobre a importância do prêmio
Quando ficamos sabendo do prêmio que a Federação das Associações Comerciais do Paraná (Faciap) estava organizando, sentamos com a equipe de redação para discutir o tema “Inovação no Mundo Empresarial” e preparar uma reportagem para ser inscrita. Por ter passado o ano de 2020 cobrindo os projetos do Programa Acelera Foz, decidimos falar sobre o atual cenário da cidade e os caminhos a serem percorridos para transformar Foz do Iguaçu em um ecossistema de inovação.
Assim sendo, eu – a jornalista que vos fala – produzi uma extensa reportagem sobre a realidade da cidade e busquei conhecer e apresentar alguns cases de sucesso no Brasil, que servem como modelos de inovação. Entrevistei os gestores do Porto Digital, no Recife, e da Acate (Associação Catarinense de Tecnologia), em Florianópolis. Também ouvi empreendedores de Foz que fazem parte do programa desenvolvido pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e pela Itaipu, e que acreditam no potencial de criar um ecossistema de inovação em Foz.
O resultado desse trabalho foi o primeiro lugar na categoria Impresso (jornais e revistas), concorrendo diretamente com Folha de S.Paulo e Gazeta do Povo, ambos jornais de grande relevância nacional.
Troféu conquistado pela 100fronteiras
Sobre o prêmio
O objetivo do concurso era premiar jornalistas e veículos de comunicação paranaenses que publicaram reportagens no período de 20 de novembro de 2019 a 20 de novembro de 2020.
Ao todo eram cinco categorias: Impresso (jornal e revista), Televisão, Rádio, Internet e uma destinada aos profissionais que trabalham para o Sistema Faciap.
A solenidade de entrega das premiações foi realizada no Hotel Rayon, em Curitiba, juntamente com a posse da nova diretoria da Faciap, no dia 21 de janeiro. Por conta da pandemia, a cerimônia também foi transmitida virtualmente, e nós da 100fronteiras participamos de forma on-line. A transmissão também foi aberta ao público pelo Facebook e YouTube da Faciap.
Primeiro lugar em jornalismo
Com o início da solenidade de entrega das premiações, a primeira categoria foi Impresso. Em terceiro lugar ficou a jornalista Katna Baran, da Folha de S.Paulo (sucursal de Curitiba), com a reportagem: “No PR, mulher eleva em 30% produção de cafés especiais”. Em segundo lugar, o jornalista Anderson Flávio Gonçalves, do jornal Gazeta do Povo, com a reportagem: “Vida nova nos bairros”. E eu conquistei o primeiro lugar com a reportagem: “Ecossistema de Inovação em Foz do Iguaçu”, recebendo troféu, certificado e R$ 5 mil.
Reconhecimento e valorização do jornalismo local
É sempre gratificante ser reconhecido por seu trabalho, ainda mais quando esse reconhecimento vem em forma de prêmio em nível estadual. E, como dito no início, muitos personagens contribuíram para que a reportagem fosse construída e tivesse esse êxito.
Com papel fundamental nas informações, o PTI foi um dos atores principais da reportagem devido ao excelente trabalho que realiza para diversificar a economia da cidade e propor novas tecnologias.
“Esse reconhecimento em um prêmio de jornalismo fortalece nossa capacidade de reinventar e gerar soluções. Indica que estamos no caminho certo, e isso para nós é motivo de orgulho. Demonstra que nossa cidade tem empreendedorismo, tem inovação para apresentar a todo o estado do Paraná. Demonstra também que estamos dinamizando o nosso ecossistema de inovação e que esse ecossistema vai ser muito relevante na diversificação da economia local”, destacou o diretor-superintendente do PTI, general Eduardo Garrido.
General Garrido. (Foto: Kiko Sierich)
O diretor de Negócios e Inovação do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Rodrigo Régis, também ressaltou a importância da premiação e o trabalho do Programa Acelera Foz. “Primeiramente parabéns pela matéria. Você trouxe na matéria uma realidade do esforço que está acontecendo na comunidade em torno da retomada econômica, e ter isso reconhecido é muito importante, primeiro porque estimula para quem está trabalhando e se esforçando para isso, segundo porque divulga, e é muito importante a divulgação do que está sendo feito para outras cidades. E ter uma mídia positiva dentro de um processo tão caótico que a pandemia nos trouxe, ter uma agenda positiva de desenvolvimento, de diversificação econômica, de inovação, isso é uma coisa fantástica. Entendo que isso só vem a colaborar e somar esforços para que a gente consiga cada vez mais diversificar, e sempre uma propaganda bem-feita, mostrando o que está sendo feito, chama a atenção de investidores e futuros empreendedores.”
De acordo com eles, atualmente os projetos do Programa Acelera Foz estão fantásticos, tanto pelas empresas que estão participando como pelas universidades. “Essa é uma das alternativas para recuperar Foz do Iguaçu diante do revés econômico provocado pela pandemia do coronavírus. A ACIFI fez uma pesquisa, em julho do ano passado, que comprova que a nossa cidade foi a mais afetada do estado do Paraná em função do grande vínculo com o turismo, e várias entidades se reuniram em volta do programa nessa retomada da atividade econômica; e sabemos que a inovação é um caminho. Nós precisamos incentivar a inovação e o empreendedorismo, gerando oportunidades para o universo de mais de 20 mil jovens universitários que estão em nossa cidade”, explanou Garrido.
Apesar do atual sucesso do Programa Acelera Foz, o desafio ainda é transformar de fato Foz em um ecossistema de inovação. “A vontade de fazer acontecer é maior que os desafios. Já somos um ecossistema, mas vamos avançar e ser cada vez mais maduros para conseguir atingir nossos resultados e estar preparado para os desafios do futuro”, ponderou Régis.
Rodrigo Régis. (Foto: Assessoria)
Nesse desafio, a Itaipu Binacional também é uma parceira importante de Foz, investindo em projetos que melhorarão a vida das pessoas. “Foz do Iguaçu não será a mesma depois que a Ponte da Integração estiver concluída, que a Rodovia das Cataratas estiver duplicada e nosso aeroporto estiver em condições de receber voos de outros continentes. Tudo isso tem a participação de Itaipu, com recursos redirecionados de gastos que não estavam vinculados à missão da empresa. Mas Foz também precisa mudar outro tipo de estrutura, que é a tecnológica. E é por meio do PTI que a usina investe em programas para atrair empresas dessa área, que investe também em novos conceitos mundiais, como o de cidades inteligentes. Temos que estar preparados para uma nova era, sem esquecer que ainda dependeremos do concreto e do ferro para melhorarmos a logística, as condições de locomoção. Itaipu tem um pé apoiado em obras que garantirão a sustentabilidade de Foz e região, e outro firmado sobre as novas tecnologias, que permitirão à nossa gente dar um salto para o futuro que já está aí”, ressaltou o diretor-geral de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
General Joaquim Silva e Luna. (Foto: Alexandre Marchetti-Itaipu Binacional)
Faciap e a valorização dos jornalistas
Não há como não falar da federação que abriu as portas para que os profissionais de jornalismo divulgassem seus trabalhos, contribuindo para a informação de qualidade.
Segundo o ex-presidente da Faciap e atual membro do Conselho Superior, Marco Tadeu Barbosa, esse projeto da valorização do trabalho dos profissionais de jornalismo partiu de um desejo pessoal alinhado ao interesse da Faciap. “Eu amo o trabalho de vocês, esse empenho todo e que muitas vezes é criticado pelo fato de retratar as verdades. A gente quis muito valorizar isso e enaltecer as matérias que tratam do setor produtivo, das empresas e entidades. Então esse foi o principal motivo da gente criar esse prêmio, e confesso que estou muito feliz com o resultado.”
Ele mencionou a importância de realizar uma premiação nesse nível, algo que enaltece o trabalho desenvolvido pela Faciap também. “Nós temos um trabalho que muitas vezes não aparece, que é o de sermos, através das entidades e principalmente das associações, uma ferramenta de indução importante de desenvolvimento de cada cidade, e a gente precisa divulgar isso e mostrar o quão importante é para o setor produtivo o papel de uma associação comercial, principalmente no Paraná, que tem isso muito forte.”
O ex-presidente Marco Tadeu ao lado do atual presidente da Faciap Fernando Moraes no dia da entrega do prêmio. (Foto: Assessoria)
O atual presidente da Faciap, Fernando Moraes, também frisou a importância desse prêmio no momento em que assumiu a presidência. “É maravilhoso assumir uma entidade pujante como a Faciap, com várias ações em andamento, entre os quais o 1º Prêmio de Jornalismo. Este prêmio possui objetivos fundamentais, como valorizar esses profissionais que, em meio a tantas fake news que afloraram nos últimos tempos, dedicaram-se ao bom jornalismo, às boas reportagens, transmitindo informações claras, objetivas e sem ruídos. Outro objetivo do prêmio é fomentar a produção de reportagens sobre o setor, no caso da Faciap, sobre o universo empresarial e o comércio.”
Por conta de toda essa repercussão e sucesso na primeira edição, a Faciap irá manter a premiação no calendário anual, dando assim oportunidade para que os demais profissionais paranaenses possam participar. “Ao receber esse prêmio, o sentimento de gratidão que toma conta do profissional é incomparável. Quer seja o prêmio em dinheiro, o troféu ou um simples certificado, é dignificante para ele. É o que o motiva a escrever mais e melhor, sinal de que o esforço está valendo a pena”, salientou Fernando.
Um olhar sobre o ecossistema de inovação em Foz
“É fundamental que todas as cidades consigam diversificar sua economia e não depender exclusivamente do turismo como principal fonte de arrecadação. A exemplo do que vimos com a pandemia, fatores que independem de todos podem acontecer e agravar a situação econômica de um município em meio a uma crise econômica global. Florianópolis é um exemplo disso. A capital de Santa Catarina já teve no turismo sua principal atividade econômica, porém, com diversas ações da iniciativa privada e pública, hoje o setor de tecnologia da região da Grande Florianópolis tem um faturamento de R$ 9,9 bilhões [dados do Acate Tech Report 2020]. Quando existe um ecossistema estruturado para promover a inovação e o empreendedorismo, toda a cidade é beneficiada. Florianópolis foi eleita em 2020 como a segunda cidade mais inteligente do país, em grande parte por conta dessa atmosfera que facilita o empreendedorismo, criação de negócios inovadores, parcerias entre poder público, sociedade civil e iniciativa privada, que se refletem em mais serviços para a população. O mesmo pode acontecer em Foz do Iguaçu com a união de esforços de todos os atores do ecossistema.”
Arthur Nunes, vice-presidente da Acate (FLORIANÓPOLIS).
Parabenizo os Jornalistas que levam seus trabalhos com honestidade, e divulgando matérias que levam o nome de nossa Cidade ao Brasil a fora. Merecido prêmio é temos que aplaudir em pé. Obrigado assim que se faz Jornal.
Parabenizo os Jornalistas que levam seus trabalhos com honestidade, e divulgando matérias que levam o nome de nossa Cidade ao Brasil a fora. Merecido prêmio é temos que aplaudir em pé. Obrigado assim que se faz Jornal.
Olá José, obrigada! Em nome de toda equipe agradecemos sua mensagem de carinho.