Desde que foi lançado o Programa Acelera Foz, que visa ao enfrentamento da covid-19 e à reestruturação econômica da cidade, alguns editais foram abertos para atrair empresas interessadas em inovar. À frente desses editais está o diretor de Inovação e Negócios do PTI, Rodrigo Régis, que tem nas veias a determinação de encarar novos desafios e fazer do mundo um lugar melhor para as pessoas viverem.
“Eu vim de Pernambuco para cá, e a primeira vez que estive no PTI foi para conhecer a área de empreendedorismo e a área de eficiência energética. Logo depois eu fui contatado por uma empresa, que fazia os processos seletivos da fundação, que me pediu se eu tinha interesse em fazer um processo seletivo. Até então a minha vida tinha sido mais voltada pro empreendedorismo, onde eu havia desenvolvido algumas empresas na área de energia e TI, mas naquele momento eu tinha interesse em trabalhar em outro tipo de instituição para ganhar conhecimento em outras áreas, então fiz o processo e passei. Comecei como assessor da área de pesquisa e inovação, era assessor da gerência dessa área. Foi uma experiência muito interessante, mas naquele momento eu buscava outro desafio, e na época o PTI estava desenvolvendo um trabalho na área de biogás. E aquilo me desafiou. Conseguimos estruturar algumas parcerias na área do setor elétrico, e eu fui convidado para ajudar nesse processo. Assim nasceu o CIBiogás. Naquela época, ele já foi estruturado para ser independente, ou seja, precisávamos criar algo que pudesse andar com as próprias pernas e não fosse dependente da Itaipu, e esse desafio foi muito bacana para mim”, conta.

Começou trabalhando na estruturação do estatuto e depois na concepção do projeto como um todo, e um ano depois ajudou a fundar o Centro Internacional de Energias Internacionais do CIBiogás, do qual ele foi convidado para ser o gerente de Negócios. Trabalhou por quase um ano nesse cargo e depois assumiu a presidência do centro, e ali passou quase seis anos como presidente do CIBiogás. “Foram momentos de muita aprendizagem e de muito desafio, porque estávamos criando algo que era fora do padrão do PTI e era independente. O mercado de biogás quase não existia no Brasil, fomos praticamente os precursores. Gosto de trabalhar com inovação e com aquilo que gera sustentabilidade, respeito ao meio ambiente e ao mesmo tempo agrega valor na economia. E o que me estimulou muito no biogás foi criar uma nova cadeia de economia no país”, relembra. Assim, Régis está no PTI há nove anos, sempre realizando importantes trabalhos na área de inovação e tecnologia.
“Na minha vida eu tenho algumas filosofias que são muito importantes, e uma delas é sobre o que é sucesso. Para mim ter sucesso é quando o mundo respirou melhor pela sua existência. Então se você existiu e fez algo que conseguiu transformar a realidade de alguém, isso é ter sucesso”.
Rodrigo Régis
Após seis anos à frente do CIBiogás, ele percebeu que era o momento de buscar novos desafios dentro do parque. “Foz do Iguaçu tem capacidade para ser referência no setor de energia, e não falo só pela Itaipu, porque ela já é; falo na área de tecnologia e no setor de energia através do PTI.” Por isso foi convidado a assumir a Diretoria de Inovação e Negócios do parque, onde hoje atua frente aos editais de inovação que fazem parte do Programa Acelera Foz.
A importância da parceria pública e privada no Programa Acelera Foz
Régis, em todos os seus anos de experiência, destaca que ambos devem caminhar junto para gerar um projeto tecnológico de sucesso. De acordo com ele, se você for analisar no Brasil e no mundo os grandes cases, você vai ver que não existe desenvolvimento econômico sem uma ação direta do Estado. “É claro que o papel do Estado é atrapalhar menos, mas o papel dele é fundamental no processo. Mas só avança se tiver iniciativa privada, porque não dá pra esperar que o Estado resolva tudo, e não dá pra esperar, no caso de Foz, que o PTI resolva tudo. Eu falo para os empresários da cidade que o Programa Acelera Foz só vai dar certo se a iniciativa privada abraçar. A primeira coisa pra uma cidade dar certo e um ecossistema se desenvolver é que a iniciativa privada e o povo daquela cidade acreditem nessas iniciativas”, ressalta.

Ele explica também que a missão do PTI é gerir um ecossistema por meio de ciência, tecnologia, inovação e negócios, para gerar bem-estar e riqueza para a sociedade. E fazem isso integrando conhecimento e tecnologia. No entanto, quem gera a nota fiscal são as empresas. Ainda, de acordo com o diretor, esse é o melhor momento para se empreender, e a melhor forma é por meio da cooperação, pois é na crise que as empresas e o Estado se unem.
“Nosso objetivo nesse momento de pandemia é ajudar a sociedade como um todo, e eu vejo dentro do Programa Acelera Foz e os editais que estamos fazendo que é essa possibilidade que a gente está dando que pode contribuir para o desenvolvimento da sociedade e pode ajudar as famílias. Com isso daqui a dez anos, vamos olhar pra trás e enxergar Foz como uma cidade que tem uma série de empresas de base tecnológica, e nós ajudamos a construir isso. Então, pra mim, esse é maior motivador que temos no Parque”.
Editais em andamento do Programa Acelera Foz
Mas para que isso aconteça, as empresas precisam inscrever-se nos editais e apresentar seus projetos de inovação. Por isso, atualmente, existem três editais em andamento que podem ser facilmente encontrados no site do PTI.
O primeiro é dentro da própria Incubadora de Negócios e está dividido em dois eixos. O primeiro é um edital que vai financiar a ideia desde o início e que pode ser feito por pessoas físicas. Já o segundo eixo vai investir em projetos mais robustos para empresas e que auxiliará esse projeto a entrar rapidamente no mercado (mais ou menos seis meses). Esses projetos estão diretamente ligados ao enfrentamento da covid-19 e à reestruturação econômica.
O segundo edital é Integração Universidade e Empresa e oferece cursos para colaboradores de empresas, em que cada empresa pode ter até três bolsistas estudantes. “Muitas vezes passa despercebido o papel das universidades dentro das cidades, e se você olhar Foz e o entorno, a população é relativamente jovem, e isso se deve às universidades. Só que a maior parte dessas universidades são privadas, o que faz em momento de crise como esse ter uma grande evacuação de alunos. Ao mesmo tempo, o momento de crise é para se reinventar, então esse edital visa fazer com que as universidades, junto com seus professores, peguem alunos e desenvolvam projetos para aumentar a competitividade das empresas de Foz. E isso inclui qualquer projeto voltado para qualquer área de inovação. A ideia é criar uma cultura nos estudantes e no empresariado de Foz. Uma forma de desenvolver problemas reais no momento de crise”, explica Régis.

O terceiro é Desafio Inova Oeste, que visa a selecionar e financiar projetos que promovam o desenvolvimento e a implementação de soluções tecnológicas em startups ou pequenas empresas, gerando alto impacto na economia da região. Esses projetos abrangem diversas áreas da economia que são responsáveis pelo desenvolvimento do Oeste, como: energia, saúde, produção de alimentos, varejo, turismo, cidades inteligentes, logística, meio ambiente, internet das coisas, indústria 4.0 e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). E é válido ressaltar que, quando se fala da Região Oeste, são incluídas também empresas do Paraguai, porque estão perto de Foz. “Em Foz, as empresas podem nascer globais, porque estão próximas das fronteiras, são cosmopolitas, e conta com voos internacionais, então eu acredito que isso é outra grande vantagem na cidade, nascer pequeno, mas já pensar global. A diversidade é um dos principais diferenciais que essa cidade tem”, salienta.
Para saber mais sobre os editais e tirar dúvidas, os interessados podem entrar em contato pelo whats da equipe de empreendedorismo: (45) 99103-9583; ou pelo telefone 3576-7184.
PTI integrado à sociedade
Além de todos esses editais que estão em andamento, o PTI também busca cada vez mais estreitar os laços com a comunidade. “O PTI, neste momento, nesta gestão, tem uma contribuição muito grande na cidade. Não faz sentido pra um parque tecnológico não estar integrado à sociedade, e o PTI não é exclusivo da Itaipu, ele é da cidade de Foz do Iguaçu. O sucesso do parque é o valor que ele agrega à sociedade, e para agregar valor ele tem que interagir, debater, se abrir para a sociedade. Não faz sentido para um parque tecnológico não estimular o empreendedorismo”, argumenta o diretor.

Ele destaca também que, desde a estruturação do Programa Acelera Foz, o foco foi justamente reposicionar a cidade. “Eu não sou iguaçuense, e o que me incomoda é que as pessoas vendem a cidade de Foz para que o visitante venha passar três a quatro dias e ir embora. Mas hoje temos mais de 20 mil alunos de graduação, fora os de pós e doutorado; só o ecossistema do PTI tem mais de 300 doutores, e a gente forma excelentes profissionais, e ainda assim escuto as pessoas dizendo que Foz não tem mão de obra qualificada. Não tem? Ou essa mão de obra não está ficando em Foz? E por que não está ficando? Porque não tem oportunidade, e por que não tem oportunidade? Porque não é uma cidade de empreendimento, é uma cidade exclusiva do turismo. E nós queremos que seja uma cidade para empreender, uma cidade de investimento. Então ou a gente estimula o empreendedorismo ou as pessoas vão empreender em outros lugares”, frisa Régis.
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