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O mês do Orgulho LGBTQIA+, que acontece em junho, tem muita história para contar. No seu início, foi um grande passo para a comunidade e também para a humanidade, e aconteceu há quase 52 anos atrás, no dia 28 de junho. Gays, lésbicas, travestis, drag queens e entre outros da comunidade deram um basta contra a violência e abuso de poder da polícia na época em bares gays de Nova Iorque e também com os grupos em si.

Por seis dias, inúmeros membros da comunidade LBGTQIA+ lutaram pelos seus direitos de existir, de simplesmente ser humano. O movimento considerado moderno recebeu o nome de Rebelião de Stonewall, que foi o bar que sofreu a invasão da polícia logo no começo do dia 28 de junho.

Hoje em dia, o bar Stonewall ainda está de pé e, em 2014, virou monumento nacional, sendo o primeiro monumento dos Estados Unidos da América a homenagear a comunidade no país.

Orgulho LGBTQIA+ no Brasil

Em 1978, pertinho da criação do Movimento Negro Unificado (MNU), é possível marcar a criação do Movimento Social Homossexual (MHB) no Brasil, primeiramente na cidade de São Paulo e então indo para várias outras.

A primeira reunião do grupo aconteceu em maio do mesmo ano, e desde então a pauta sobre sexualidade e gênero tem sido mais discutida no Brasil. A cada ano que passava, o movimento se transformava e ganhava mais espaço na sociedade considerada “normal” do país, assim ganhando também as outras letras no nome.

As letrinhas que estamos usando, LGBTQIA+, dizem respeito à comunidade homossexual. 

  • Lésbicas
  • Gays
  • Bissexuais
  • Transexuais
  • Queers (abrange todos da comunidade, porém foi usado como termo pejorativo por muito tempo então algumas pessoas não se sentem confortáveis)
  • Intersexuais
  • Assexuais
  • +: Inclui todos as outras orientações de sexualidade e gênero

Apesar de parecer um monte de letras que não fazem sentido para alguns, a comunidade LGBTQIA+ agradece; cada letra traz mais representatividade à sexualidade ou ao gênero, cada letra tem sua história e deve ser mostrada.

No início, as reuniões eram mais para discussões sobre a vivência dos que ali estavam, dos que já viram alguém passar por algum tipo de violência apenas por amar. Na medida que o grupo crescia, as reuniões ficaram mais amplas, tanto sobre tamanho quanto as pautas levantadas.

Por terem sido criados bem perto, e também por terem os ideais parecidos, o MNU e o MHB se ajudavam. Em 1979, o MNU organizou um ato publico para festejar o Dia Nacional da Consciencia Negra, e o MHB, que mudou sem nome para Somos: Grupo de Afirmação Homossexual, participou da manisfestação.

“O Somos: Grupo de Afirmação Homossexual saúda todos os negros no seu Dia Nacional da Consciência Negra. A combatividade do Zumbi é um exemplo para todos os setores oprimidos da nossa sociedade na conquista da sua liberdade. A partir da nossa própria discriminação como homossexual, solidarizamo-nos com todos os negros na sua luta contra racismo” foi declarado no ato.

Somos: Grupo de Afirmação Homossexual, em 1979 em solidariedade ao MNU

Recomendo dar uma olhada no itinerário foto biográfico “Quando ousamos existir“, que conta detalhadamente, e com fotos, sobre a história do Orgulho LGBTQIA+ no Brasil.

A luta para continuar em seu direito de existência continuou ao longo dos anos, e, até hoje, é uma pauta necessária. Com marchas, paradas LGBTQIA+’s e mais representatividade, o mundo a cada dia muda e se torna um lugar melhor para a comunidade, isso no mundo inteiro.

A questão do Orgulho LGBTQIA+ não é sobre amor, pois isso é um direito de todos independente de orientação, situação, cor, etc. Em junho, deve ser celebrado e lembrado a história da resistência, luta e perseverança da antiga comunidade LGBTQIA+ e também discutir sobre as pautas que hoje assombram a atual comunidade. sim uma questão de resistência.

Vendo a história de opressão e luta que muitos da comunidade sofreram e ainda sofrem, é importantíssimo que exista um mês para lembrar sobre como hoje podemos livremente ser quem somos.

Amor é amor, e cada ser humano merece respeito, amar e ser amado.

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