O dia 14 de abril é uma data muito especial para os amantes de uma das bebidas mais populares do mundo: o café!
É o Dia Mundial do Café, um momento para celebrar essa deliciosa e estimulante bebida que nos acompanha em diferentes momentos do dia.
Agora, não há melhor lugar para comemorar essa data do que no Brasil, um país que é uma verdadeira referência na produção e consumo de café.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o consumo de café no país chegou a 21,2 milhões de sacas em 2020, tornando o Brasil o segundo maior consumidor de café do mundo.
E não é só o consumo que impressiona. O Brasil é um grande produtor de café, com uma enorme diversidade de espécies cultivadas em diferentes regiões do país.
Desde o famoso café arábica até o robusta, as variações de sabor e aroma são infinitas. E isso é uma das coisas mais fascinantes sobre o café – cada xícara pode ser uma experiência única e incrível.
Preparamos este conteúdo especial com informações que todo o amante de café precisa saber. Para conferir, continue a leitura!

Você conhece a história do café?
Reza a lenda que o café foi descoberto por um pastor na Etiópia. Ele reparou que as cabras ficavam animadas quando mastigavam uns frutos avermelhados de arbustos que rodeavam a paisagem. Curioso que só, o pastor levou as frutinhas a um monge que também entrou na pilha e preparou uma infusão delas.
O resultado do experimento foi uma bebida que deixou a turma toda alegre. E como não eram bobos nem nada, passaram a consumir a bebida do tal fruto. Assim nasceu o café,: produto de um olhar curioso pro mundo, vontade de ver as coisas acontecendo e uma dose de trabalho em equipe.
Arábica ou Robusta: quais as diferenças?
Você sabia que existem duas espécies de café mais comuns no mundo? O café arábica e o café robusta são as espécies mais cultivadas e consumidas globalmente, e apesar de serem semelhantes, cada uma possui características únicas que as tornam diferentes entre si.
O café arábica, por exemplo, é considerado a espécie mais nobre e é cultivado em regiões com altitudes elevadas e climas amenos. Ele possui mais açúcares naturais, o que resulta em um sabor mais adocicado e suave no paladar. As bebidas produzidas com esse tipo de grão apresentam maior complexidade aromática, com notas frutadas e acidez presente.
Já o café robusta é cultivado em regiões de climas mais quentes e solos mais ácidos. Ele possui mais cafeína e menos açúcares naturais, resultando em um sabor mais amargo e forte no paladar. Apesar de ter uma complexidade aromática mais baixa, o café robusta possui notas terrosas e de cacau que o tornam uma opção interessante para algumas pessoas.

Formato do grão é importante?
O formato do grão de café é um dos fatores que influenciam na qualidade da bebida final. Existem três formatos principais: arredondado, ovalado e achatado.
O grão arredondado é geralmente considerado o mais desejável, já que possui uma forma mais uniforme e equilibrada. Esse formato de grão é mais comum na espécie Coffea arabica, que é a mais cultivada em regiões com clima ameno e altitudes elevadas, como nas regiões montanhosas do Sul de Minas Gerais, por exemplo.
Já o grão ovalado, que é mais comum na espécie Coffea canephora, também conhecida como robusta, pode gerar um sabor mais forte e encorpado na bebida final. Isso porque esse tipo de grão possui um teor mais elevado de cafeína e óleos essenciais, o que confere um aroma mais intenso e um sabor mais amargo.
Por fim, temos o grão achatado, que geralmente é considerado o menos desejável. Isso porque esse formato de grão pode afetar a uniformidade da torrefação, gerando um café com sabor desequilibrado e até mesmo desagradável.

Entenda os tipos de torra
Quem é fã de café sabe que a torra é um dos principais fatores que influenciam no sabor e aroma da bebida. Existem diferentes tipos de torra de café, e cada uma delas proporciona um resultado final único e especial.
A torra clara, por exemplo, é conhecida por preservar melhor as características do grão, resultando em um café com sabor mais frutado e acidez presente. É uma opção interessante para quem busca um café com notas mais delicadas e suaves.
Já a torra média é mais popular e costuma ser utilizada em cafés comerciais. Ela resulta em um café com sabor mais equilibrado e menos ácido, apresentando notas de nozes e chocolate. É uma escolha segura para quem prefere um café com sabor mais clássico.
Por sua vez, a torra escura é responsável pelo sabor intenso e amargo característico de alguns cafés. Ela é utilizada para realçar notas de cacau e dar ao café um sabor mais robusto e encorpado. É uma opção interessante para quem gosta de um café mais forte e intenso.
Vale ressaltar que, além do sabor, a torra também influencia na quantidade de cafeína do café. Cafés mais claros possuem mais cafeína, enquanto cafés mais escuros possuem menos.
É interessante experimentar diferentes tipos de torra e descobrir qual é a sua preferida. Cada uma delas possui características únicas que podem agradar a diferentes paladares.

Como eu sei que o café é bom?
A classificação de qualidade do café é um processo fundamental para garantir que o grão seja valorizado e apreciado da maneira que merece. Esse processo começa com uma avaliação cuidadosa dos grãos, que são selecionados manualmente e separados em lotes.
A qualidade do café é determinada por diversos fatores, incluindo o tipo de solo em que o grão foi cultivado, o clima da região, o tipo de cultivar e o método de processamento utilizado. Cada um desses fatores pode afetar o sabor, aroma e textura do café, e é por isso que a classificação é tão importante.
Depois de selecionados, os grãos são avaliados por especialistas em café, que usam técnicas específicas para determinar a qualidade do produto. Esses especialistas levam em consideração o aroma, sabor, acidez, corpo e finalização do café para classificá-lo em diferentes categorias.
As classificações mais comuns incluem “café especial” e “café gourmet”, que são usadas para descrever cafés de alta qualidade com sabor complexo e distintivo. Já os cafés de qualidade inferior são classificados como “café comercial”.
A classificação do café não apenas ajuda a garantir que os grãos sejam de alta qualidade, mas também permite que os produtores recebam um preço justo pelo seu produto. Isso incentiva a produção de cafés de alta qualidade e ajuda a preservar a tradição de produção de café em todo o mundo.
Roteiro de café no Brasil
De acordo com associações do setor, São Paulo é o lugar ideal para isso, já que é a cidade que mais consome café no Brasil. Com cerca de 25 milhões de xícaras por dia, é impossível não encontrar um bom café por lá. E para conhecer mais sobre a história do café no país, uma visita ao Museu do Café, em Santos, é indispensável.
Se você prefere um clima mais frio para apreciar seu café, Gramado e Campos do Jordão são ótimas opções. Em Gramado, a tradição do café colonial, com muitas tortas, pães e frios, é um convite irresistível para um café quentinho. Já em Campos do Jordão, a alcunha de “Suíça Brasileira” não é à toa: a cidade é uma amostra das cidades europeias, com seus chocolates, vinhos e, claro, cafés.
E mesmo no calor do Rio de Janeiro, não dá para deixar de experimentar o café carioca, uma bebida com sabor mais suave e que é facilmente encontrado em qualquer padaria raiz da cidade. E para quem quer uma escapada gelada, Penedo é um refúgio com influência finlandesa, perfeito para quem gosta de apreciar um café quente enquanto se aquece ao lado da lareira.
E, claro, não vamos esquecer que Foz do Iguaçu tem muitos lugares imperdíveis para tomar café. Confira aqui nossa lista de cafeterias.
Melhores receitas de café
Iced latte (dificuldade fácil)

Se você não experimentou café gelado, não sabe o que está perdendo! Essa bebida simples precisa de apenas alguns ingredientes e é perfeita para um impulso de cafeína em clima quente.
Ingredientes
- 2 doses de espresso (60ml)
- 2 colheres de chá de açúcar, mel ou xarope de bordo (a gosto)
- 100ml de leite integral ou de sua preferência
- gelo
Preparo
- Misture o espresso quente com o açúcar até que ele se dissolva.
- Encha um copo com gelo e misture o café adoçado.
- Despeje o leite por cima e misture até que esteja combinado.
Café na prensa francesa (dificuldade média)

A prensa francesa, também conhecida como cafeteira de êmbolo ou pressão, é um método popular e simples para fazer café. Ela consiste em um cilindro de vidro ou aço inoxidável, um êmbolo e um filtro de malha de aço.
A prensa francesa permite que o café seja totalmente imerso em água e depois filtrado, resultando em uma bebida saborosa e encorpada.
- Escolha grãos de qualidade e moagem média a grossa.
- Aqueça a água entre 90°C e 96°C. Se você não tiver um termômetro, deixe a água ferver e aguarde cerca de 30 segundos a 1 minuto antes de utilizá-la.
- Adicione o café moído à prensa francesa (proporção 1:15), ou seja, para cada 30 gramas de café, utilize 450 ml de água.
- Despeje a água quente sobre o café moído. Você pode começar despejando metade da água e aguardar 30 segundos para permitir a liberação dos gases (também conhecida como “bloom”). Em seguida, despeje o restante da água.
- Mexa a mistura suavemente com uma colher de pau ou plástico.
- Coloque a tampa com o êmbolo puxado para cima.
- Deixe em infusão por 4 a 5 minutos.
- Pressione o êmbolo lentamente.
- Sirva o café imediatamente. Evite deixar o café na prensa francesa por muito tempo, pois ele pode continuar a extrair sabor dos grãos e ficar amargo.