Aquela manhã, do dia 18 de março de 2020, ficou marcada na memória de quem vive na Tríplice Fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai. Dois dias após o fechamento da Ponte Tancredo Neves, entre Brasil e Argentina, era anunciado o fechamento da Ponte da Amizade, entre Brasil e Paraguai.

O motivo: a pandemia de coronavírus, que assolou o mundo todo, transformando a realidade e fazendo milhões de vítimas.

E pela primeira vez na história da fronteira tivemos que nos readaptar a realidade de viver com fronteiras, em uma região que é conhecida justamente pela integração entre os povos e culturas, onde você consegue facilmente estar em três países num único dia.

Foram meses sombrios, onde famílias ficaram separadas por uma ponte e o comércio e turismo teve grande queda e impactou a economia da região, nos mostrando a importância que as fronteiras abertas têm para o desenvolvimento das três cidades.

Após mais de 200 dias, no dia 15 de outubro de 2020 a fronteira com o Paraguai foi reaberta, algo que gerou muita alegria e expectativas para quem vive na fronteira. Seguindo todas medidas de segurança, famílias puderam se reencontrar para aquele abraço apertado, empresários que dependem do país vizinho, conseguiram retornar com seus empregos e aos poucos tudo foi se encaminhando.

E hoje fazem três anos desde aquele dia fatídico e não há como esquecer do impacto que isso gerou e da alegria que foi quando a fronteira reabriu. Isso só reafirma a importância que uma cidade tem para a outra e que com fronteiras não somos nada, só prosperamos quando somos sem fronteiras.

Para relembrar o fechamento da Ponte da Amizade

Formada em Jornalismo na UDC e pós-graduada em Relações Internacionais Contemporâneas na Unila, atualmente é jornalista da 100fronteiras e recentemente conquistou pela 100fronteiras o primeiro lugar no 1º Prêmio Faciap de Jornalismo.

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