O clima é de otimismo nas Três Fronteiras – Brasil, Argentina e Paraguai –, graças à queda contínua na cotação do dólar. Com a moeda americana fechando em R$ 4,77 nesta segunda-feira, 19, o menor valor em mais de um ano, desde o final de maio de 2022, a economia local está aquecida, impulsionando os segmentos de compras e turismo.

Em junho, a moeda estadunidense apresentou uma queda de 5,85% no Brasil, e se considerarmos todo o ano de 2023, a diminuição chega a impressionantes 9,55%. Esta tendência favorece diretamente o comércio de produtos importados e o turismo, dois pilares econômicos da região da Triple.

Comércio e turismo em alta, dólar em baixa

A redução do valor do dólar torna as compras mais atraentes para os consumidores, especialmente em free shops em cidades como Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú, além do centro comercial internacional de Ciudad del Este. Estes estabelecimentos, isentos de impostos e com uma variedade impressionante de marcas internacionais, viram as vendas aumentarem nos últimos meses.

Em 2022, somente nos primeiros seis meses do ano, três free shops em Foz do Iguaçu tiveram US$ 5,7 milhões em vendas, o que equivale a cerca de R$ 30 milhões. É uma prova do impacto positivo que um dólar mais baixo pode ter na economia local.

E não é apenas no comércio que o impacto é sentido. O turismo, uma das principais atividades econômicas da região trinacional, também se beneficia da queda do dólar. Turistas de todo o mundo que visitam Foz do Iguaçu, Ciudad del Este e Puerto Iguazú combinam compras com roteiros de atrativos e serviços, o que inclui a hotelaria e a gastronomia local.

A Câmara de Comércio e Serviços de Ciudad del Este está otimista e destaca a grande variedade e os preços competitivos que aguardam os visitantes. Como afirmam em sua campanha promocional, “descubra uma experiência de compra inigualável”.

Atração de visitantes estrangeiros

O valor mais baixo do dólar também tem o efeito colateral positivo de atrair um número maior de visitantes estrangeiros. O poder de compra aumenta para quem vem de determinados países, tornando a viagem mais atraente. É mais um fator positivo para a retomada do setor turístico na região.

Para se ter uma ideia, em Foz do Iguaçu, o dólar foi cotado, antes do fim do dia, a R$ 4,75 para compra e R$ 5,05 para venda, em uma agência de câmbios. Em outra, esses valores eram, respectivamente, R$ 4,80 e R$ 5,03.

O cenário econômico atual reforça que o otimismo é a força motriz da economia. E, com a queda do dólar, o clima na Tríplice Fronteira é de entusiasmo, tanto para os habitantes locais quanto para os visitantes. As oportunidades de compras, combinadas com uma oferta turística rica e variada, tornam a região uma opção cada vez mais atraente para viajantes de todo o mundo.