O 100fronteiras.com é um portal dedicado ao jornalismo local na Tríplice Fronteira. Com mais de 18 anos de experiência, promovemos conexão e informação relevante para a comunidade das regiões do Argentina, Brasil e Paraguai.
Obras da Ponte da Integração foram iniciadas em agosto de 2019. Foto: Gentileza/Presidência do Paraguai
A Ponte Internacional da Integração Brasil-Paraguai, praticamente concluída, promete intensificar o desafio enfrentado pelas aduanas de Foz do Iguaçu devido à falta de agentes da Receita Federal. O Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita) manifestou essa preocupação durante uma reunião com a Superintendente da 9ª Região Fiscal, Cláudia Regina leão do Nascimento Thomaz.
Embora a estrutura da ponte esteja pronta, sua operação ainda não foi iniciada devido a pendências nas obras rodoviárias de acesso de ambos os países e à falta das estruturas de fiscalização. A região de Foz do Iguaçu já hospeda outras importantes pontes, como a da Amizade, que conecta ao Paraguai, e Tancredo Neves, que leva à Argentina.
Segundo Cláudia Thomaz, a 9ªRF enfrenta desafios aduaneiros singulares e a carência de pessoal na Ponte da Amizade só tende a se intensificar com a inauguração da nova ponte. A superintendente citou ainda o exemplo de Dionízio Cerqueira (SC) que, na fronteira com a Argentina, deve abrir um porto seco com operação ininterrupta, implicando em mais demanda por pessoal.
Em vista dos desafios, o foco é otimizar o uso do pessoal atual, especialmente com o fechamento de unidades de atendimento nos estados do Paraná e Santa Catarina.
Em outra parte da reunião, Thales Freitas, presidente do Sindireceita, expressou seu desagrado sobre a ADI 4616 e também questionou o novo Regimento Interno da Receita Federal, que pretende reduzir 14% de suas funções, contradizendo as promessas do ministro Fernando Haddad de reforçar a instituição.
Paralelamente, o Ministério das Obras Públicas e Comunicações do Paraguai informou avanços nas obras de acesso à Ponte da Integração. Os trabalhos no setor rural do Corredor Metropolitano Leste, que inclui a pavimentação de 1,5 quilômetros de uma rodovia de 11 quilômetros, estão 35% completos. Estas obras são fundamentais para a operacionalização da ponte que, apesar de finalizada, ainda aguarda a conclusão das vias de acesso.
