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A convivência pacífica entre Brasil e Paraguai enfrenta novos desafios. A crescente insegurança na região fronteiriça se tornou uma fonte de preocupação, especialmente para a comunidade empresarial do Paraguai. Este temor foi traduzido recentemente em uma nota formal endereçada ao governo paraguaio, pedindo uma resposta mais robusta às questões de segurança na área.
Na nota, entidades empresariais como a Câmara de Comércio e Serviços de Ciudad del Este, o Centro de Despachantes do Alto Paraná e a Câmara de Eletrônica e Eletrodomésticos de Ciudad del Este, ressaltam um aumento preocupante nos índices de violência na região. A grande incidência de assaltos a turistas e ataques contra veículos que transportam mercadorias de comerciantes locais despertou o alarme.
Estas organizações empresariais declaram que têm participado de várias reuniões em busca de soluções para esses problemas, incluindo sequestros-relâmpago e extorsões com ameaças de morte a turistas. Segundo elas, essas situações têm prejudicado enormemente o comércio de Ciudad del Este, em um momento crucial de recuperação econômica pós-pandemia.
Entretanto, como única resposta, só conseguimos promessas, falas evasivas e justificativas, o que tem produzido um aumento na insegurança e um fortalecimento da delinquência, que atua com cada vez mais agressividade
trecho da nota
Os empresários estão clamando pela presença de policiais em pontos estratégicos das rodovias que levam à fronteira, uma medida que eles acreditam que poderia ajudar a combater a crescente criminalidade na região.
Pedimos às autoridades, no geral, e aos responsáveis pela segurança, que cumpram com o dever e com a responsabilidade assumida para oferecer tranquilidade aos turistas, aos empresários e aos empregados, de maneira a que sejam mantidas e acrescentadas as fontes de trabalho para milhares de famílias compatriotas
reinvidicam
Desde o início do ano, órgãos governamentais paraguaios, como a prefeitura de Ciudad del Este e o Ministério do Interior, têm apresentado planos para aumentar a presença policial e instalar câmeras de segurança nas quadras próximas à Ponte da Amizade, um dos principais pontos de tráfego entre os dois países.
Quando há segurança, é possível crescer, com empenho e dedicação, não só no nível individual, mas com um crescimento extensivo a grande parte do país, através da contribuição ao erário. Apelamos às autoridades sua atenção e cuidado, para evitar situações similares às de outras localidades, que eram florescentes e viraram cidades-fantasmas
concluem os signatários
No entanto, apesar dessas promessas de ação, a sensação de insegurança ainda paira sobre a região. O pedido dos empresários por mais segurança na fronteira ressalta a necessidade urgente de medidas concretas que possam assegurar a segurança dos moradores locais, dos turistas e, consequentemente, do comércio local. A situação coloca um questionamento inquietante: até quando as promessas governamentais ficarão aquém das ações efetivas?