Não serão mais feitas pontes, estradas e pista de aeroporto com recursos da Itaipu. De acordo com o novo diretor-geral, o foco agora é a missão socioambiental.

Neste ano, além de estar sob nova direção, a Itaipu Binacional quitou sua dívida de construção. Também, comemora 50 anos do tratado que uniu Paraguai e Brasil como sócios. E, pode redefinir as finanças de gasto e arrecadação. 

Em entrevista à Folha de São Paulo, Enio Verri dá um ponto final nas grandes obras com recursos da Usina. Pontes, estradas e até mesmo pista de aeroporto foram feitas com o dinheiro da Itaipu, entretanto, essas medidas que não irão se repetir.

“Itaipu foi quase que uma secretaria de obras do Paraná”, afirma o diretor-geral.  

Enio Verri

Os compromissos firmados na gestão passada serão mantidos, mas Enio Verri diz que a Itaipu não vai começar novas obras.

O que será feito com o recurso?

De acordo com o diretor-geral, esses recursos serão utilizados para a implementação de projetos socioambientais em um número bem maior de cidades.

“Pretendemos ampliar o conceito de território de Itaipu, casado com políticas do governo federal. As cidades menores, com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) mais baixas serão mais investidas”, disse Enio Verri.

Apesar da estatal ter se colocado em uma missão socioambiental , isso não significa que o preço da conta de luz vai diminuir. Mesmo assim, as negociações das tarifas de 2023 já sinalizaram tendência de garantir recursos extras.

“Itaipu deveria manter o modelo atual, lembrando que parte do modelo implica em garantir retornos, mas não na forma de lucro, mas de outros benefícios”, enfatiza o diretor-geral de Itaipu.

Esses outros benefícios seriam: investimentos em projetos de inovação e políticas públicas socioambientais.

Qual é a missão de Itaipu?

Segundo Enio Verri, além da produção de energia limpa e de qualidade, é preciso desenvolver políticas ambientais, sociais e em infraestrutura. 

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Estudante de Jornalismo na PUC-SP e redatora na 100fronteiras.

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