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A trajetória dependente da Tríplice Fronteira e suas consequências
Artigo de professor e aluna da UNILA publicado em periódico canadense traz novas luzes para compreender o desenvolvimento da região da Tríplice Fronteira
No dia 14 de abril, o professor da UNILA Marcelino Teixeira Lisboa e Fátima Elizabeth Morínigo Martínez, graduada em Relações Internacionais e Integração na mesma instituição e graduanda em Turismo pela Universidade Nacional del Este, fizeram em conjunto um artigo sobre a trajetória inicial da Tríplice Fronteira, denominado “Path Dependence in the Tri-Border Area” (Trajetória dependente na Tríplice Fronteira).
O artigo analisa como essa trajetória, que teve início na década de 50, ajudou na existência de alguns elementos que definem hoje algumas das características da tríplice fronteira.
Sobre a trajetória dependente na Tríplice Fronteira
A configuração atual da Tríplice Fronteira é resultado de processos históricos que ocorreram a partir da segunda metade do século XX. A busca do Paraguai por uma saída marítima que não fosse o rio da Prata, e a necessidade de diminuir a dependência da Argentina, especialmente após a concessão de refúgio a Juan Domingo Perón, presidente deposto da nação vizinha, ajudaram a aproximar o país do Brasil.
A pesquisa foi publicada este mês no periódico acadêmico Canadian Journal of Latin American and Caribbean Studies sob o título “Path Dependence in the Tri-Border Area” (Trajetória dependente na Tríplice Fronteira).
De acordo com o artigo, a maior aproximação entre o Brasil e o Paraguai se daria nas décadas de 1950 e 1960. “Os tratados assinados no período levaram a ações concretas, dando lugar a uma nova fase na relação entre o Brasil e o Paraguai, provocando profundas mudanças na TF”, escrevem os autores, que são membros do Grupo de Pesquisa Tríplice Fronteira (GTF/UNILA).
O artigo tem como base teórica o institucionalismo histórico, que observa a trajetória histórica das instituições. Dentro desse escopo, a análise deu ênfase mais específica à dependência da trajetória, uma abordagem que concede importância às sequências temporais e ao desenvolvimento de eventos e processos sociais moldados por atores coletivos ao longo do tempo.
Para ler a publicação inteira do artigo, em inglês, clique aqui.