Após a intensa chuva e o pico de cheia do Rio Iguaçu, a Itaipu Binacional abriu o vertedouro na madrugada desta quarta-feira (1º). A ação é uma resposta às precipitações que também afetam a bacia do Rio Paraná, fonte do reservatório da usina.

A Comissão de Cheias da Itaipu (CEAC) permanece mobilizada para dar toda a assistência às famílias atingidas pelas inundações, mitigar os impactos para a população ribeirinha e manter o fornecimento de energia elétrica para o Brasil e Paraguai. 

Atualmente, a Itaipu opera na cota de 219,23 acima do nível do mar. A abertura do vertedouro é utilizado para aliviar o excesso de água, causado por chuvas intensas ou abertura de outros vertedouros (a montante) acima da hidrelétrica. O excesso de água que não é convertido em energia é então liberado. A expectativa é de que essa liberação continue até domingo (5). A última vez que ocorreu tal vertimento foi em maio.

Famílias atingidas

No lado paraguaio, mais de 385 moradias foram atingidas em diferentes bairros próximos à fronteira com o Brasil. O mais afetado é o San Rafael, em Ciudad del Este, com 140 casas alagadas. Cerca de 85 pessoas foram levadas para albergues mantidos pela Itaipu e estão sendo orientadas a aguardar a situação voltar ao normal para retornar. No lado brasileiro, alguns pontos, como Marco das Três Fronteiras e o Iate Clube Cataratas, no bairro Porto Meira, foram atingidos.

Previsão

A preocupação maior agora é com as próximas 72 horas. O nível máximo da afluência do Rio Paraná deve atingir nesta quarta-feira, 18,1 mil metros cúbicos de água por segundo (m³/s). Desde a madrugada, vem chovendo na bacia dos Rios Ivai e Piquiri, principais afluentes da bacia do Rio Paraná.

A previsão é de muita instabilidade e de mais chuvas para o período na região, tanto moderadas, como intensas, repetindo a magnitude dos valores registrados na semana passada na bacia do Rio Iguaçu, que acabou represando o Rio Paraná. 

Choveu tanto na bacia do Rio Iguaçu, que a vazão nas Cataratas, nesta segunda-feira (30), passou de 24 mil m³/s. Foi o segundo maio volume já registrado no local. Em 2014, houve um registro de 32 mil m³/s de pico.

Foto: VideoUp

Comissão de Cheias

Mobilizada desde sábado (28), a Comissão de Cheias analisa todos os cenários possíveis para adotar as melhores estratégias no momento que tragam menores impactos para a população e garantam a segurança da barragem.

A usina de Itaipu é uma hidrelétrica que funciona a fio d’água, com um reservatório pequeno proporcionalmente à sua capacidade de produção de energia elétrica. A água que chega das cerca de 50 usinas localizadas a montante do Rio Paraná é usada para a geração de energia.

(Com informações da Divisão de Imprensa Itaipu Binacional).

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