OGrupamento do Corpo de Bombeiros de Foz do Iguaçu se mobiliza em uma expressiva campanha para auxiliar as timas do ciclone extratropical que assolou o estado do Rio Grande do Sul. A tempestade, que atingiu 97 cidades gaúchas, deixou um rastro de destruição: 340 mil pessoas afetadas, mais de 25 mil desalojadas, 47 mortes confirmadas e nove desaparecidos, conforme dados da Defesa Civil divulgados na terça-feira (12).

A solidariedade da campanha se traduz na arrecadação de alimentos não perecíveis, itens de higiene, limpeza, água e leite. Para aqueles que desejam contribuir, os quartéis dos bombeiros estão recebendo donativos. Em Foz do Iguaçu, as contribuições podem ser feitas em três pontos estratégicos: na sede da Vila A, Rua Bartolomeu de Gusmão, Jardim Maracanã, e na Rua Cláudio Coutinho, bairro Morumbi II.

Na sequência do desastre, 92 municípios gaúchos tiveram seu estado de calamidade reconhecido pelo governo local, habilitando-os a solicitar ajuda financeira federal. Segundo estimativas da Confederação Nacional de Municípios (CNM), o prejuízo financeiro alcançou impressionantes R$ 1,3 bilhão, com 8 mil residências danificadas ou destruídas, representando um dano de R$ 175 milhões somente no setor habitacional.

O espírito de cooperação não se limita às arrecadações. Diversas equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil de todo o país estão no Rio Grande do Sul para auxiliar nas operações de resgate e ajuda humanitária. Do Paraná, por exemplo, foram enviados 63 bombeiros, três cães e um helicóptero, focando especialmente na busca por timas soterradas ou submersas.

Além das buscas, integrantes da Defesa Civil paranaense estão auxiliando os municípios gaúchos na elaboração da documentação necessária para validação do Estado de Calamidade blica, facilitando o acesso a recursos federais e estaduais.

O ciclone extratropical, originado por um sistema de baixa pressão, trouxe chuvas intensas e rajadas de vento fortíssimas, causando inundações e diversos transtornos. Com o agravamento da situação e o nível elevado dos rios, muitas pessoas e casas foram arrastadas pela correnteza, especialmente nas cidades do Vale do Taquari. Infelizmente, o clima não deu trégua e, uma semana após o desastre, fortes chuvas voltaram a atingir a região, elevando ainda mais o nível do Rio Taquari.