O Parque Nacional do Iguaçu, é um dos principais atrativos turísticos da Tríplice Fronteira, e que recebe milhares de visitantes anualmente. No entanto, esse número significativo de turistas apresenta desafios para a gestão ecológica do parque, especialmente no que diz respeito à interação com a vida selvagem local, principalmente os quatis (Nasua nasua).
Por isso, diversas estratégias têm sido implementadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em colaboração com a Urbia Cataratas, a concessionária que administra os serviços públicos do parque. Entre estas medidas, destacam-se campanhas de comunicação educativa para os visitantes, incluindo totens informativos e mensagens de áudio no transporte do parque, alertando sobre os riscos potenciais para a saúde dos quatis e dos visitantes ao alimentar esses animais selvagens.
Além disso, o Parque Nacional do Iguaçu tem promovido a instalação de lixeiras adaptadas para evitar que os quatis acessem e se alimentem dos resíduos descartados. Mais recentemente, foram introduzidos exames de saúde regulares na população de quatis na região das Cataratas do Iguaçu.

Embora os exames de rotina em animais selvagens não sejam prática comum, devido à interação constante com os visitantes e o risco potencial de transmissão de doenças, optou-se pela implementação destes exames e análises de saúde. Dessa forma, diversas medidas são tomadas para identificar zoonoses – doenças transmitidas por animais aos humanos, como a raiva.
Essas atividades são realizadas com o apoio de veterinários de instituições parceiras do parque, com o objetivo de reduzir o número de acidentes causados por esses animais e melhorar a saúde da espécie. Isso contribui para uma interação positiva e segura entre quatis e visitantes nas áreas de uso público do Parque Nacional do Iguaçu, garantindo uma experiência memorável e consciente para todos.