Na manhã desta quinta-feira (30), moradores de Foz do Iguaçu, se depararam com uma nuvem do tipo ‘parede’ que encobriu a cidade.
As imagens impressionantes foram registradas e compartilhadas nas redes sociais, chamando a atenção de muitos.

Conforme o meteorologista do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), Marco Antonio Rodrigues Jusevicius, a nuvem em questão é conhecida como ‘shelf cloud’ e é uma formação que antecede tempestades.
Trata-se de uma nuvem do tipo cumulunimbus, que possui grande desenvolvimento vertical, com a parte mais baixa ficando entre 500 e 1,5 mil metros de altura, enquanto a parte mais alta pode atingir até mais de 10 mil metros de altura, dependendo da intensidade.
“Essa é uma nuvem da categoria Cumulunimbus, que são nuvens que causam tempestades. Ela pode ser tanto uma nuvem isolada, que se forma pelo calor em áreas localizadas e causam chuva forte e de curta duração, como pode ser formada pelo deslocamento de frentes frias e linhas de instabilidade, quando várias nuvens dessa se formam ao longo de uma determinada área e se deslocam na mesma direção”, explicou o meteorologista.

O fenômeno foi causado pelo deslocamento de uma linha de estabilidade pelo Paraguai e oeste do estado, segundo o especialista. Embora não tenha sido possível identificar uma nuvem específica nas imagens de satélite, Jusevicius explica que a nuvem tipo ‘parede’ é um grande evento que se desloca pela área.
Além disso, esse tipo de formação é caracterizada por ventos mais intensos do que outros tipos de nuvem, chuva forte e localizada e, eventualmente, queda de granizo em pontos isolados. Em Foz do Iguaçu, por exemplo, foram registrados ventos de 54km/h e precipitação de 8,4 milímetros nesta quinta-feira.
Embora possa parecer assustador, a nuvem tipo ‘parede’ é um fenômeno comum em regiões onde ocorrem tempestades, e pode ser observada em diversos locais do mundo. No entanto, é sempre importante estar atento às orientações dos órgãos responsáveis e tomar medidas de segurança em caso de tempestades e fenômenos meteorológicos extremos.