Foi realizado nesta quinta-feira (15) em Curitiba a licitação do novo porto seco de Foz do Iguaçu. Na ocasião, as empresas Multilog S.A e Aurora Terminais e Serviços LTDA apresentaram propostas que prevê investimentos de mais de R$ 300 milhões.
O processo licitatória ainda não chegou ao fim, acontecerá outras etapas para definir a empresa vencedora, que inclui a análise das propostas e os documentos da habilitação das empresas. A empresa vencedora da licitação irá prestar serviços públicos de movimentação e armazenagem de carga por 25 anos.
Ambas as empresas apresentaram propostas para a operação em três regiões de Foz do Iguaçu, uma na BR-277, e as outras duas ao sul da rodovia, à direita ou esquerda da Perimetral Leste. Quem autoriza a execução nos locais indicados são os órgãos ambientais e do município, que deve ser divulgado em breve.
Os possíveis locais de operação do Novo Porto Seco causaram polêmica no início do ano, pois as três regiões da cidade são localizadas em área urbana, o que poderá ter um grande impacto negativo para a região.
Por isso, em fevereiro, a jornalista Patrícia Buche conversou a arquiteta urbanista, Patrícia Maria Costa Alves, que acompanha o caso desde 2015, o responsável pela petição (abaixo-assinado) que foi realizado na época professor Ivo Valente, e o médico e diretor do Hospital Unimed em Foz, Dr. Isidoro Villamayor, sobre o assunto.
As áreas que foram colocadas à disposição se encontram na região por onde passará a Perimetral Leste e a maior preocupação dos entrevistados é com o perímetro entre a Av. Felipe Wandscheer e Maria Bubiak.
A arquiteta Patrícia explica que desde 2015, quando se falava da construção da Perimetral Leste, ela e demais colegas arquitetos se reuniram, pois entendiam que a construção da via também não estaria no local ideal.
“A Perimetral é uma diagonal dentro da cidade, então na época nós levantamos a questão sobre a instalação do Porto Seco ali na região. Eu sou moradora do bairro Cognópolis, onde se encontra a Conscienciologia, e sabíamos que a Perimetral ao cortar a cidade poderia prejudicar a região, devido ao alto fluxo de caminhões. E hoje vemos que de fato ela está cortando o município e isso traz todos os problemas que estamos vendo agora, como a instalação de um porto seco. Então a ideia era que ela realmente fosse um rodoanel contornando a cidade, passando por fora do centro urbano e desembocando na BR 277, mas tanto a Perimetral quanto o possível Porto Seco irão estar localizados em perímetro urbano, o que ocasionará sérios problemas”.
