O bioma das Cataratas do Iguaçu, a Mata Atlântica, é protegido por lei desde 1939 pelo Parque Nacional. Mas, como o desmatamento presente no Paraná pode afetar essa Unidade de Conservação Federal?
A Mata Atlântica está presente em várias cidades do Brasil, inclusive em Foz do Iguaçu. Dessa forma, dois importantes pontos turísticos da cidade realizam um trabalho essencial no papel de preservação deste bioma: o Parque Nacional do Iguaçu e o Parque das Aves.
O Parque Nacional do Iguaçu abriga as Cataratas do Iguaçu e possui 185.262 hectares do bioma. Desde a sua criação, assegurou-se a conservação deste importante fragmento, blindando esse território e sua biodiversidade. Por outro lado, a Mata Atlântica continua sendo um dos biomas mais ameaçados do planeta, incluindo o Paraná.
O desmatamento da Mata Atlântica afeta o Parque Nacional?
De acordo com o Biólogo Urbia+Cataratas Pedro Fogaça, o desmatamento atinge as Unidades de Conservação de forma indireta.
”Há o comprometimento da conectividade entre os fragmentos remanescentes, acarretando o fenômeno denominado insularização, ou seja o isolamento destas áreas”, afirma o biólogo.
A insularização, ou seja, a fragmentação das áreas é um dos principais desafios enfrentados na hora de proteger a Mata Atlântica. Logo, Pedro Fogaça, afirma a necessidade de corredores da biodiversidade serem feitos para resolver o problema.
”Buscar a conectividade do Parque com os demais fragmentos, através da criação e fortalecimento de Corredores de Biodiversidade ainda é um desafio. Como, por exemplo, o excelente Corredor de Biodiversidade de Santa Maria, que liga o Parque Nacional do Iguaçu à Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN Santa Maria e à Faixa de Proteção do Lago de Itaipu”, destaca o estudioso.
Os efeitos dos corredores são bastante positivos, uma vez que criam mecanismos de valorização da biodiversidade e da floresta, desta forma engajando a população do entorno, gerando receita e renda e promovendo a educação ambiental.
Outro problema enfrentado
”Os desafios para garantir a integridade de um Parque deste tamanho são inúmeros, como o combate aos usos furtivos, principalmente a caça, pesca e extração do Palmito-juçara (espécie ameaçada de extinção)”, diz Fogaça.