Nesta quinta-feira, dia 26 de outubro, às 19 horas, a Fundação Cultural de Foz do Iguaçu será o palco de um evento literário imperdível: o lançamento do livro “Santos Dumont nas Cataratas: ‘pretendo mesmo escrever um livro sobre o Iguaçu'”.
O evento faz parte da programação da 18ª Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu. Escrito pelo doutor em História pela USP e professor da UNILA, Micael Alvino da Silva, a obra é uma realização da EDUNILA e do Instituto 100fronteiras, com o patrocínio de Itaipu Binacional e do Fundo Iguaçu, e conta com o apoio da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, do Parque Nacional do Iguaçu, da UNILA e do Grupo 100fronteiras.
O livro é uma explicação histórica que promove a conexão entre o local e o global a partir da vida de Alberto Santos Dumont, de seus feitos como aviador, como articulador pan-americano e como impulsionador do turismo nas Cataratas do Iguaçu.
“Em 2023, lembramos os 150 anos do nascimento de Santos Dumont. Além de seus feitos globalmente conhecidos, a passagem pelas Cataratas do Iguaçu é uma vírgula em sua biografia que precisa ser melhor compreendida. Além disso, no local (em Foz do Iguaçu), ainda lidamos com o mesmo ‘problema’ que Santos Dumont enfrentou: o uso compartilhado do espaço público em torno das Cataratas”, explica o Dr. Micael.
O autor lembra que, em 1916, Santos Dumont era um homem muito ocupado.
“Ele estava envolvido na mais alta discussão sobre aviação. Ele estava colocando em prática um plano: queria fazer circular 10 mil aviões dos EUA para a América do Sul para transportar pessoas e mercadorias. Por isso, foi ao Chile. Aquele foi um ano intenso. Por que desviar 20 dias e passar por Iguaçu? Mais do que a motivação, a ação de Dumont sintetizou três ideias: 1) a comparação com Niagara Falls – existente desde 1780; 2) a criação de um Parque Nacional – existente desde 1870; 3) aproveitar o turismo como desenvolvimento regional”, detalha.
O livro foi feito a partir de uma pesquisa histórica em fontes locais e internacionais. “No âmbito local, há uma considerável memória graças aos esforços de preservação da senhora Elfrida Engels Nunes Rios, inclusive o livro de visitas do hotel da família assinado por Dumont. Internacionalmente, revistas de aviadores do início do século XX detalham a fase de Dumont ‘articulador’ pela aviação das Américas”, lembra o Dr. Micael.

Instituto 100fronteiras
O presidente do Instituto 100fronteiras, Denys Grellmann, destaca a importância de apoiar obras como o livro “Santos Dumont nas Cataratas”.
“Nosso apoio faz parte de um objetivo muito nobre do Instituto 100fronteiras de integrar a região da Tríplice Fronteira. E é por meio de projetos culturais como esse livro que buscamos contribuir com a cultura e a sensação de pertencimento da nossa comunidade. Santos Dumont é uma figura mundial, um brasileiro reconhecido por suas invenções e genialidade em todo o mundo, e ele teve uma passagem muito importante por Foz do Iguaçu”, explica.
Denys Grellmann lembra que a Revista 100fronteiras fez um trabalho de pesquisa histórica em 2009 e conseguiu comprovar essa passagem por nossa região.