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Há coisas que acontecem na vida que, em um primeiro momento, podem nos desestabilizar, porém, após um determinado turbilhão, vem a bonança; e as suas consequências podem ser ressignificadas de forma a prover uma mudança de vida completa (para melhor). Foi exatamente isso que ocorreu com o Dr. Luiz A. Teixeira Jr.
Tudo começou em 2014, ano em que ele teve uma forte síndrome do pânico, no meio da rua, e de forma súbita. Possivelmente, decorrente de anos de estudos e uma vida dura, com muitas de dificuldades pessoais. À época, professor de uma universidade federal, desde 2013, decidiu ficar afastado se tratando apenas por um mês; como obteve uma boa melhora, para continuar produtivo, decidiu fazer um pós-doutorado em Inteligência Artificial aplicada à Gestão de Risco em Barragens, na UNIOESTE – focado principalmente no “caso Itaipu”.
Durante o seu pós-doutorado, chegou a orientar simultaneamente, de modo formal e informal, cerca 10 alunos de doutorado da UFPR. Eles faziam um programa que utilizava dados reais (não críticos) de Itaipu. Com o avanço rápido das pesquisas e das publicações científicas, junto à universidade em que estava lotado, veio uma ideia de negócio, que é hoje a IntellTech: uma empresa global focada na integração e transformação digital de seus clientes, em espacial na Geotecnia. O seu diferencial é a capacidade de atender a todos os requisitos e necessidades caso a caso.
Luiz A. Teixeira Jr. possui licenciatura plena em Matemática, pela FIC, – Faculdades Integradas de Cataguases, e Especialização em Métodos Estatísticos Computacionais, pela UFJF. Além disso, possui mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica, com foco em Inteligência Artificial e Estatística, ambos pela PUC-Rio. Além disso, é Ph.D. em Estatística, pela The Open University, na Inglaterra, e fez um pós-doutorado, pela Unioeste. Como cientista e acadêmico, publicou mais de 60 artigos científicos, ministrou diversos cursos e coordenou vários projetos de pesquisa. Ademais, desenvolveu métodos preditivos avançados e os publicou em revistas científicas internacionais de alto impacto; sendo que parte deles se encontram implantados, em casos reais na Mineração e Setor Elétrico, na Plataforma da IntellTech – o SHMS. Algum tempo depois de deixar seu trabalho como professor acadêmico, ingressou na operação da empresa que ajudou a fundar, e foi alçado ao cargo de CEO (Chief Executive Officer).
Note que um sério problema de saúde acabou gerando um caminho de geração de valor e transformação, não apenas em sua vida, mas também na de várias outras pessoas, de forma direta e indireta, por meio da utilização da tecnologia da IntellTech.
“A IntellTech é uma espécie de materialização de todo trabalho de pesquisa feito durante o meu mestrado, doutorado e, principalmente, pós-doutorado. Talvez a razão principal em fazer o pós-doutorado, naquele momento, era o de continuar produtivo e, claro, tentar de alguma forma evitar uma outra crise de pânico. Deu certo!”
Há, nesta história toda, um personagem muito especial: o geólogo-geotécnico e Samuel Ricardo Carvalho Carneiro. Ele fora escolhido para coordenar, junto com uma equipe de notáveis, um trabalho de inovação disruptiva histórico para todo o setor mineral global, após o primeiro acidente, no final de 2015. O Luiz Teixeira e o Samuel Carneiro se conheceram, em janeiro 2016, por conta de pesquisas acadêmicas. Na verdade, o Samuel Carneiro proveu diversas contribuições importantes as quais o Luiz publicou e a própria IntellTech acabou usufruindo e utilizando em casos reais.
“Conheci o trabalho de pesquisa acadêmica do Luiz, em meio a um verdadeiro desastre, em 2016. A forma como me ele explicou as suas pesquisas no seu pós-doutorado me fez perceber que, na verdade, havia um enorme potencial, não apenas acadêmico, mas também de melhorias no setor, em casos reais. Depois de sua rápida fundação, lembro-me que a IntellTech iniciou as suas operações, de forma quase que imediata. Não sei explicar o porquê, mas tinha uma clara intuição que isso daria muito certo. E deu! Lembro-me bem que, num domingo de manhã, em 2016, conversando informalmente ao telefone com o Luiz, ele me disse que tinha conseguido investidores e que o projeto IntellTech seria rapidamente fundado. Disse ainda que ela seria, em pouco tempo, uma empresa global. Vejam só, depois de seis anos e meio, isso realmente aconteceu e hoje possui uma tecnologia que é única. O SHMS é, sem dúvida, a melhor Plataforma de Integração aplicada à Geotecnia do mundo.” explica Samuel.
O SHMS – Slope Health Monitoring System – consiste na Plataforma de integração na área Geotécnica capaz de reunir dados e informações oriundas de inúmeras fontes (instrumentos, artefatos, sistemas), e as apresenta de forma automatizada e organizada.
“Esta Plataforma é aplicável a muitos outros negócios, como o agronegócio, as cidades inteligentes, a infraestrutura, o setor aeroespacial etc. Na verdade, o setor que tiver necessidade de integrar dados geoespaciais e deseja transformá-los, de forma simples, em informações pode utilizá-la. A IntellTech iniciou nos setores de mineração e elétrico, por uma questão de oportunidade de mercado, porém é hora de expandir para outras verticais”, destaca Luiz.
E, como tudo na vida acontece por uma razão, a síndrome de pânico que Luiz passou, acabou o impulsionando mais rapidamente ao seu pós-doutorado, na UNIOESTE; e deste fora fundada a IntellTech – que possui como propósito: ajudar a evitar novos acidentes e, principalmente, a perda de vidas e danos ao meio ambiente.
“Eu particularmente não conheço um sistema melhor, no mundo. A IntellTech, ainda sem o Luiz na operação, começou como uma empresa de pequeno porte, e, hoje, domina o mercado global no seu nicho. Eu me lembro bem das palavras do Luiz, ainda como professor acadêmico: ‘a IntellTech dominará o mundo no que se refere ao monitoramento geotécnico integrado’. Pude acompanhar todo o processo de crescimento do negócio e isso foi muito legal. Vê-la deste tamanho agora, é absolutamente sensacional. Eu te digo uma coisa, uma lição que aprendi é que devemos acreditar mais nas pessoas que desejam fazer o bem; assim como nas empresas, em especial as nacionais – visto que muitas delas possuem um potencial enorme, como foi o caso da IntellTech”, finaliza Samuel.
De local a global
Hoje a IntellTech não apenas domina o mercado de geotecnia, na mineração e no setor elétrico, como também conta com clientes enormes, porte global e com ações nos principais mercados financeiros mundiais. Ela possui vários clientes ao redor do mundo. Conta também com escritórios no Brasil (em Foz do Iguaçu – PR), Chile, Estados Unidos, Austrália e Canadá.
“Eu sempre soube que a IntellTech seria global, uma vez que sou cientista de dados, por formação, e sei que há uma enorme carência no mundo, hoje, neste tema. Isso não é diferente nos setores mineral e elétrico. Hoje termos como ‘Big Data’, ‘Data Mining’, ‘Data Science’ são tão importantes, que praticamente todo o mercado os reconhece como imprescindíveis; porém eu já tinha esta visão 15 anos atrás. A razão é óbvia: quanto mais dados, mais informações, portanto, maior a necessidade de tecnologia para produzi-las de forma rápida. Como pessoas para analisá-los consiste em um recurso escasso no mercado, faz-se necessária à sua automatização por inteligência artificial e machine learning. Para mim é muito claro. Precisa-se, cada vez mais, haver sistemas inteligentes capazes de transformar os dados em informações, de forma eficiente, a fim de se entregar as informações nas mãos dos tomadores de decisão”, ressalta Luiz.
Uma empresa em evolução
Desde 2021, a IntellTech está em processo de modernização para se tornar uma empresa certificada e em conformidade com os mais rigorosos padrões de Segurança da Informação. Para tanto, a empresa contratou um especialista em Cyber Segurança, Yaser Alsakaji, quem é atualmente CISO (Chief Information Security Officer), e possui extenso currículo em Infraestrutura e Segurança da Informação.
Yaser reside nos Estados Unidos, mas sempre está em contato direto com o escritório sede, em Foz do Iguaçu. Desde a implantação da área de segurança da informação, na IntellTech, vários procedimentos, práticas e políticas foram implementadas em conformidade com os padrões internacionais de segurança da informação. “Meu trabalho é trazer as tecnologias e soluções de última geração para que a IntellTech seja capacitada a prover os melhores serviços através de tecnologia de ponta,” diz Yaser.
Com a adoção das melhores práticas e mudanças implementadas, até o final deste ano, a IntellTech adquirirá a certificação ISO 27001, a qual é uma referência de padrão internacional para um Sistema de Gerenciamento de Segurança da Informação. Além do mais, a empresa já tem a certificação SOC2 tipo 1, e até março de 2023, terá também a SOC2 tipo 2 – ambas asseguram, ainda mais, a confiabilidade na gestão da informação pela IntellTech, assim como adequação aos controles de segurança.
“A partir do momento em que a empresa obtiver a ISO 27001, ela estará apta a certificar outras empresas de todo o mundo, garantindo que todas as áreas da empresa venham a seguir padrões de segurança, sem correr riscos desnecessários quanto a ter suas informações acessadas por hackers.”, explica Yaser.
Douglas Lopes Gomes é gerente de segurança da informação da IntellTech e está lotado em Foz do Iguaçu. Trabalha ativamente na mudança de cultura dos colaboradores da IntellTech, e é responsável direto para que elas aconteçam. “É um processo que também exige o comprometimento de todos, visto que a partir do momento que tivermos todas essas certificações implantadas na cultura da empresa, entraremos em nível ainda maior. Estou na IntellTech desde sua concepção e pude ver todos os avanços dentro da empresa. É um privilégio isso. Agora, além de podermos negociar com outras empresas no mundo, também temos a “expertise” e, em breve, vamos poder fornecer serviços em segurança da informação para outras empresas, no mundo. Portanto, seremos também uma implementadora dessa cultura para que outras organizações, com vistas a clarificar a importância da segurança dos dados”, explica.
Transformando vidas
A evolução da IntellTech não para, seja em termos de mercado seja em tecnologia. O objetivo segue o mesmo desde sua concepção, sem abrir mão, porém, de prover um ambiente de trabalho seguro e saudável.
“Toda empresa tecnológica de alta performance é muito focada em resultado e qualidade, e obviamente isso gera um desgaste tanto físico quanto psicológico das pessoas envolvidas. Devido a um problema gravíssimo de saúde que tive em 2017, tive de estudar Medicina Integrativa, por conta própria. Eu o fiz com muitos dos maiores nomes do mundo; em especial, com o maior de todos, que é, sem a menor dúvida, a Dra Elizete Kaffer, de Campinas – que desenvolveu de forma aprofundada o conceito de Medicina Quântica de Precisão. São incríveis e enormes os benefícios que a mudança na alimentação e no estilo de uma vida proporciona ao seu corpo e sua mente. Por conta disso, trouxe para a IntellTech a prática terapêutica, e temos um ambiente amplamente saudável e agradável de trabalho. Mais do que ter certificações e premiações, e publicá-las em campanhas de marketing, é necessário, de fato, ser aquilo. E garanto que somos! Eu e os líderes da IntellTech não medimos esforços para garantir um ambiente saudável para todos os colaboradores. Isso passa pela cultura da empresa, assim como pelos seus valores que a alicerçam, os quais devem ser invioláveis por todos nós.”, reforça.
Com isso, Luiz segue firme na sua convicção de que o maior sucesso da empresa é ver as vidas sendo impactadas positivamente pela IntellTech. Segundo ele, isso não tem preço. “A minha visão de longo prazo é que a IntellTech seja a primeira empresa do mundo a entregar, verdadeiramente, o conceito de mina digital, a nível de tecnologia digital. Para tanto, precisa se utilizar uma série de arcabouços de conhecimento, assim como das pessoas certas. E nós temos tudo isso na IntellTech. A estratégia e a visão de longo prazo da empresa nunca mudaram. Agora é caminhar e crescer, cada vez mais, para esse futuro muito promissor. Tenho a convicção que em 10 anos, no máximo, faremos esta entrega também à humanidade. Podem anotar!”, finaliza Luiz.